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Albufeira Sempre

Diário sobre Albufeira.

Albufeira Sempre

Diário sobre Albufeira.

Imagens que falam por si - CXIX

albufeiradiario, 30.11.16

Trânsito citadino

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                                                                                                                           ALBUFEIRAsempre

Mais um poste de iluminação pública derrubado esta madrugada pelo embate de um carro.

Mais um, seguramente, que a EDP vai deixar por substituir (a juntar a muitos em falta nesta zona).

Feira franca

albufeiradiario, 29.11.16

Câmara engana população

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                                                                                                                           ALBUFEIRAsempre

ZÉ D'ALBUFEIRA

O pessoal do campo, como sói dizer-se, veio hoje enganado à feira... e bateu com o nariz na porta!

A feira franca de Albufeira, que remonta a tempos ancestrais, sempre se realizou tradicionalmente a 29 de novembro.

É nesta data, que as gentes do campo vêm "à vila" para fazer as últimas compras de abafos antes do inverno e/ou procederem à aquisição de bens para o lar, além de tirarem um dia de diversão para fazer esquecer as agruras da vida, comer um xaringonho ou dar uma voltinha de carrossel.

Nos últimos anos tem havido antecipação da data do início, ou retardado o seu fim, por forma a fazer coincidir o evento com o fim de semana mais próximo, mas sempre abrangendo o dia 29.

Desta feita, resolveram os promotores fazer recuar a feira uns dias, excluindo o dia 29.

Não cuidaram, porém, de avisar a população, muito especialmente os residentes nas zonas rurais do concelho. Pelo que hoje, muitos deles, vieram enganados à feira - e encontraram somente os últimos feirantes a desarmar.

Falta de comunicação da parte de quem está sempre pronto a propagandear com pompa e crcunstância acontecimentos que só interessam a alguns àvidos de mediatização.

A poesia de

albufeiradiario, 26.11.16

Maria da Conceição Elói (Madressilva)

marquinhas elói.jpg

Sem sonhar que o fosse

Num lar cristão, aconchegado e honesto,

No meio de um vasto campo cultivado,

Num ambiente calmo e sossegado

Tive o meu berço, simples e modesto.

 

Floriam amendoeiras – Deus louvado! –

Em pleno inverno, como é manifesto,

E a terra toda, secundando o gesto,

Reverdecia, da charneca ao prado.

 

Conforme o vento, ouvia em certos dias,

Tocar ao longe no sino “Avé Marias”

Num tom plangente, comovido e doce.

 

Naquele isolamento tão profundo,

Sentindo perto Deus, e longe o Mundo,

Nasci poetisa, sem sonhar que o fosse…

A poesia de

albufeiradiario, 25.11.16

Maria da Conceição Elói (Madressilva)

marquinhas elói.jpg

ZÉ D'ALBUFEIRA

A partir de amanhã, passamos a divulgar semanalmente, aos sábados, a obra poética da albufeirense, natural de Paderne, Maria da Conceição Elói - Marquinhas Elói para os amigos - que imortalizou a sua obra sob o pseudónimo de Madressilva.

Nascida naquela típica povoação do barrocal do nosso concelho no dia 31 de Agosto de 1898, Maria da Conceição Elói viria a falecer em Faro a 7 de Dezembro de 1979 (está sepultada na sua querida aldeia natal), depois de uma vida simples vivida entre Albufeira e Paderne, dedicada à produção poética de cariz popular, sem nunca ter concretizado o sonho de publicar em livro a obra que o seu estro foi ditando ao longo de oitenta primaveras ricas de rimas e estrofes. E de muito amor ao próximo. Tal como Jesus lhe ensinou.

Esse desiderato foi alcançado somente depois da morte física [os poetas não morrem: entram na imortalidade!], graças à acção e perseverança de outro grande albufeirense, também natural de Paderne - Arménio Aleluia Martins (actual director d' "A Avezinha", jornal fundado justamente por Marquinhas Elói), o qual contou com o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira, em cujo Lar Maria da Conceição Elói passou os últimos anos de vida.

O livro publicado, ao qual fomos rebuscar a obra poética da insigne albufeirense, tem o título bem sugestivo de "Ecos da Minha Voz" - a concretizar um pedido seu, feito em vida: "se um dia publicasse um livro, gostaria que lhe pusessem "Ecos da Minha Voz".

 

Mais notas biográficas da autora podem ser obtidas no nosso post de 23 de novembro p.p. intitulado: "Poetisa de Albufeira, cofundadora d' "A Avezinha" - Maria da Conceição Elói".

Marquinhas Elói / Madressilva

albufeiradiario, 23.11.16

Poetisa de Albufeira, cofundadora d' "A Avezinha"

Maria da Conceição Elói

marquinhas elói.jpg                                                                                                                              d.r.

ZÉ D'ALBUFEIRA

Há dez anos, publiquei neste meu blog uma série de trabalhos sobre a obra imortal da imortal poetisa albufeirense, natural de Paderne, Maria da Conceição Elói, a Marquinhas Elói como era tratada com ternura pelas pessoas que lhe foram próximas.

Essas publicações tiveram, então, enorme aceitação da parte dos nossos leitores e alguma repercussão entre as gentes locais, não por terem sido por mim publicadas, mas justamente pelo mérito da poetisa e valor intrínseco da sua obra, integrando sobretudo sonetos, que são a composição poética mais difícil de escrever.

Volvida uma década, resolvi republicar todos esses trrabalhos, com periodicidade semanal, a partir desta semana, por forma a possibilitar a mais e mais albufeirenses o contacto direto com a obra da tão saudosa autora.

Começo por reproduzir, aqui e agora, o texto que antecedeu o lançamento das publicações a que me tenho vindo a referir.

 

Tive o privilégio de privar em pequeno com a D. Marquinhas Elói (era amiga da minha mãe), a saudosa Madressilva, poetisa e escritora de verve romântica da Albufeira rústica do século passado. Infelizmente esquecida por quem hoje, nesta terra, tem responsabilidades na cultura. Dela retenho a graciosidade do sorriso envergonhado dos simples que são grandes por dentro. Tinha tanto de modéstia quanto de amor e cultura, transmitidos ao próximo como só a sua alma apaixonada sabia, através da escrita, sobretudo da poesia, e de uma vivência profundamente cristã.

Para a lembrar aos esquecidos e dá-la a conhecer aos novos, reproduzo, com a devida vénia, um texto do livro "Quem Foi Quem? - 200 Algarvios do Século XX", da autoria da também algarvia Glória Maria Marreiros (Edições Colibri).

Jornalista e escritora, MARIA DA CONCEIÇÃO DE SOUSA ELÓI nasceu em Paderne-Albufeira a 31 de Agosto de 1898 e faleceu em Faro no dia 7 de Dezembro de 1979.

Desde criança revelou capacidade poética. Na escola primária era frequente fazer versos dedicados às colegas e à professora (...).

Maria da Conceição Elói, ficou-se pela sua terra. Recebeu "prendas" de menina filha de pais com algumas posses: francês, piano e os imprescindíveis lavores. Ansiava por mais, mas era o que havia...

Um dia, em conjunto com três amigas, decide fazer um jornal, cuja finalidade primeira era ajudar um ceguinho pobre. As quatro concordaram com o título: A Avezinha. Como era moda então, cada uma escolhe o seu pseudónimo: Maria Feliciana Marim foi "Violeta"; Maria Mendes Biker, "Rosa"; Maria do Espírito "Hortênsia" e Maria da Conceição Elói "Madressilva".

Todas poetisas, constituíram um bouquet inovador, já que foi o primeiro jornal criado por mulheres.

As primeiras edições foram manuscritas pelas redactoras, e a distribuição realizada por voluntários. Mais tarde, o jornal passou a ser impresso.

A Avezinha viveu durante 15 anos, graças ao grande esforço e vontade das suas fundadoras, realizando um trabalho pioneiro na história da imprensa feminina portuguesa.

Problemas vários, acrescidos pelo afastamento, para o Brasil, de uma das fundadoras, levaram à interrupção do jornal, mas Maria da Conceição continuou a produzir. Concorreu a dezenas de jogos florais, onde ganhou vários 1ºs. e 2ºs. prémios e muitas menções honrosas.

Com os ventos da liberdade, 38 anos depois do seu nascimento, A Avezinha voltou ao ninho, renascida de um longo período de obscurantismo nacional [N.R. - graças ao esforço e à tenacidade desse insigne jornalista albufeirense (também de Paderne) que é Arménio Aleluia Martins, seu actual director].

Maria da Conceição Elói tinha então 76 anos. É convidada para directora do jornal que ajudou a fundar. Modestamente pretende recusar, por fim aceita, talvez reflectindo, e bem, que nunca é tarde para prosseguir um sonho interrompido.

"Madressilva" não foi apenas poetisa, escreveu novelas, crónicas jornalísticas e contos, tendo, nesta modalidade, sido premiada pela revista Mundo Rural. Livros, com alguma mágoa sua, não publicou. Essa devida homenagem lhe fizeram o jornal A Avezinha e a Santa Casa da Misericórdia de Albufeira, editando "Ecos da Minha Voz", eloquente livro de poesia, onde se encontram os mais belos sonetos da autora (...).

Fim do Ano Litúrgico

albufeiradiario, 14.11.16

Cristo Rei do Universo

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CLIQUE NA IMAGEM para aceder à liturgia da palavra

ZE D'ALBUFEIRA

A Igreja celebra no próximo domingo, 20 de novembro, a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, vulgo Cristo Rei, uma das celebrações mais importantes dos católicos de todo o mundo, com a qual encerra o Ano Litúrgico.

O novo Ano Litúrgico (ano A) começa na próxima semana com a entrada do Advento, a preparação para o Natal de Jesus.