Pela liberdade, sempre
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ZÉ D'ALBUFEIRA
A edição do barlavento que o leitor tem em mãos comemora a liberdade reconquistada no 25 d’Abril de 74 e, simultaneamente, uma das mais caras expressões dessa liberdade, a própria liberdade de imprensa – de que este semanário, que hoje festeja 37 anos (cheios) de vida, se pode ufanar com orgulho de todos quantos trabalham ou alguma vez trabalharam nesta casa. Alfobre de jornalistas livres e livres pensadores – há-os espalhados pelos quatro cantos da comunicação social de expansão nacional – o barlavento é, desde há muito, uma tribuna respeitada, pelos milhares de fiéis seguidores como pelos que legitimamente dele discordam. Até nos corredores do poder, onde o «gramofone» é aguardado todas as quintas-feiras com expetativa, é lido avidamente e tidas em conta as suas posições. Uma instituição assim, que sente a permanente atenção e o carinho dos algarvios, desde os que ocupam posições de relevo na sociedade e na política até ao povo anónimo, trabalhador e sofredor que procuramos servir semana após semana, só pode sentir-se feliz e realizada ao constatar que, perdoe-se-me a imodéstia, é um baluarte da liberdade de expressão no Algarve, dando voz a toda a gente, até às minorias geralmente silenciadas e esquecidas.
Por força da nossa identidade e dos princípios da liberdade que nos norteiam, estamos naturalmente atentos às movimentações que hoje procuram denegrir e calar as vozes discordantes dos grandes interesses do capital sem pátria. Sabemos que o poder económico, mas também os interesses instalados na política, tudo farão para estrangular os que persistem na defesa dos valores de Abril. Por isso, não desarmamos, não recuaremos um milímetro que seja do objetivo traçado na primeira hora: fazer um jornal livre, isento e democrático ao serviço do Algarve e dos algarvios.
(Minha coluna de opinião "Antes do mais" no «barlavento» de hoje, 26/04/2012)