CONTRADIÇÕES ARQUITECTÓNICAS E URBANÍSTICAS
PARTICULARES OBRIGADOS A PRESERVAR
CÂMARA E POLIS PODEM DESTRUIR
Zé d'Albufeira
Há coisas que parece que são mesmo para ninguém perceber!
Vá lá uma pessoa entender por que razão é obrigada a preservar a arquitectura de um determinado edifício em ruínas - quando ao lado, as entidades administrativas, elas próprias, constroem coisas pseudo-modernas, muitas vezes sem qualquer nexo, completamente desintegradas dos espaços circundantes, autênticos atropelos ao comum bom senso dos cidadãos...
Tanto a Câmara de Albufeira quanto a Sociedade Polis, ou ambas em conjunto (e em certas situações é difícil discernir, tal é a salgalhada), têm obrigado os proprietários a manter as fachadas ditas tradicionais dos edifícios que pretendem reconstruir - o que entra em linha de contradição com intervenções "futuristas" de que estão a ser alvo alguns dos recantos até aqui mais característicos de Albufeira.
Podíamos dar, pelo menos, uma boa dezena de exemplos, mas quedamo-nos pelos dois a seguir indicados, por serem bem conhecidos e bastante demonstrativos daquilo que afirmamos (e que, aliás, têm sido motivo de falatório entre a populaça).
Na Esplanada Dr. Frutuoso da Silva, estão a "requalificar" (como é fino agora os técnicos dizerem) o miradouro com um projecto todo futurista (?), mas obrigam o prorietário da casa verde (a casa dos Bilas, ao lado do Bizarro) a manter a fachada com os azulejos todos pôdres e a cair aos bocados; na Avenida 25 de Abril, estão a construir um parque de estacionamente em altura, de linhas rectas e formas angulosas, tipo "caixote", onde eram a concentradora e o quintal dos Pereiras, e obrigam o dono da casa ao lado a manter a traça, bonita sim senhor, mas a precisar verdadeiramente de ser reconstruída de raiz.
Alguém percebe?
PASSATEMPO ALBUFEIRA POLIS
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