O escandaloso aumento dos combustíveis
GOVERNO ASSOBIA PARA O LADO
ZÉ D'ALBUFEIRA ![]()
Há uns anos atrás, as petrolíferas nacionais aumentavam os preços em simultâneo, sob controle governamental. Até que um ministro de um Governo que me escuso de nomear teve a (infeliz) idéia de "liberalizar o sector" com a alegação de que, assim, surtiriam benefícios para os consumidores, promovendo designadamente uma baixa de preços, resultante da concorrência.
Pura ilusão. Suprema mentira.
A partir daí, os aumentos foram constantes, embora já não em simultâneo.
Presentemente, assiste-se ao maior agravamento de preços jamais visto em Portugal. À sexta-feira aumenta a BP. Ao sábado a Galp. E à segunda a Repsol. Para voltarem a aumentar todas, de novo, na semana seguinte.
O ministro da Economia, Manuel Pinho, anda a dizer há semanas que aguarda o diagnóstico da Autoridade da Concorrência para decidir se deve ou não intervir. O primeiro-ministro, José Sócrates, eleito por um partido que (ainda) se diz socialista, mas praticando uma política anti-social, direitista, pavoneia-se pelo estrangeiro, fazendo por ignorar as realidades do País. Mário Soares, ao menos, teve o mérito de assumir que metera o "socialismo na gaveta". Sócrates pensa que os portugueses são um bando de mentecaptos.
E a comunicação social - para compor o ramalhete - optou, a partir de ontem, por só falar da selecção. Para distrair os portugueses, afastando-os do essencial. E ajudar o Governo e o primeiro-ministro a não serem molestados pelas queixas (legítimas) do povo sacrificado.
Só falo dos combustíveis. Porque se falasse do aumento escandaloso dos bens de primeira necessidade (que os bolsos - vazios - dos portugueses sentem dia após dia), sem o menor esforço do executivo para o travar, teria de afirmar que Portugal tem um Governo de m.!
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m. - medíocres, claro.