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Albufeira Sempre

Diário sobre Albufeira.

Albufeira Sempre

Diário sobre Albufeira.

Confirmada previsão do blog ALBUFEIRAsempre

albufeiradiario, 14.07.06

PELÉ RUMA A INGLATERRA

                     ZÉ D'ALBUFEIRA              

O futebolista nosso conterrâneo Pelé, defesa central do Belenenses, assinou com o Southampton um contrato válido por três anos, com outro de opção. O atleta, iniciado nas escolas do Imortal, viaja na segunda-feira para Inglaterra, o que constitui a concretização de um sonho antigo.

O Southampton vai disputar esta época a segunda Liga inglesa, assumindo-se como candidato à subida.

Marina de Albufeira

albufeiradiario, 14.07.06

UMA APOSTA PERDIDA?

ZÉ D'ALBUFEIRA

Quando era puto, lembro-me,  a pesca artesanal e a agricultura surgiam como as (únicas) actividades económica com algum significado no concelho.

De turismo, só se houvia falar em relação ao Estoril e à Praia da Rocha. Pràqui vinham alguns alentejanos que animavam a vila (gruta alentejana, esplanada do túnel, praia do Peneco...) durante os meses de verão.

A maior aspiração dos pescadores era a construção de um porto de abrigo. Local apontado: a Baleeira, pelas condições naturais de que desfrutava.

Descoberto na década de  sessenta o Algarve como destino turístico de excelência,  logo Albufeira, pela beleza  do  casario sobranceiro ao mar e hospitalidade das suas gentes,  emerge como 'a menina bonita do turismo algarvio', a vila branca em mar azul saída da pena do eng. Ramiro Guedes de Campos, poeta com casa de férias junto ao posto da guarda. Essa casa, mais tarde adquirida por alguém desprovido de bom gosto, deu lugar há meia dúzia de anos, com o beneplácito da Câmara,  a um  mamarracho sem imaginação.

Sem nunca esquecer a necessidade do porto de pesca, surge a idéia de construir na várzea da Orada, pela sua intimidade com a baía e a Baleeira,  uma marina capaz de albergar os imponentes iates que demandavam a costa algarvia, dotada entretanto com a magnífica marina de Vilamoura.

Após vicissitudes de vária ordem, ao longo dos anos, é implementado nos finais de noventa o porto de recreio de Albufeira, mais tarde chamado marina de Albufeira, que em boa verdade não passa de um tanque. Porque os investidores, atentos à especulação imobiliária, deram total primazia a esta vertente, reduzindo a presença das águas à mais ínfima expressão.

Para melhor rentabilizar o investimento, encarregaram da concepção do projecto um arquitecto de renome internacional e méritos garantidos - e o que saíu foi aquele escarro na paisagem, as casinhas do lego na gíria popular.

Chegados aqui, o que se sente é que a marina não tem vida. Não caíu no goto das pessoas. Nem nas de cá nem nas que chegam diariamente, seja para passar férias ou investir em negócios.

E os iates, esses continuam a passar ao largo.

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Perante a passividade das autoridades

albufeiradiario, 13.07.06

HUMILHANTEMENTE OBRIGADOS A FALAR INGLÊS EM ALBUFEIRA

                                                    

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Leitora devidamente identificada solicita-nos a publicação do seguinte relato, referente a uma ocorrência, infelizmente não inédita, verificada em Albufeira e a merecer o mais vivo repúdio e condenação da nossa parte.

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(...) Conto brevemente a minha história, não a título de "queixa" mas apenas como infeliz exemplo daquilo que, actualmente, é mais  a regra do que a excepção, com o pleno conluio das nossas autoridades administrativas (Câmara Municipal, Inspecção Geral do Trabalho, DGT, etc...).

Na Av. da Liberdade, uma das principais entradas do turismo na nossa  cidade, existe um pequeno bar entre o n.º 88 e o n.º 90, denominado "Brefin".  Há dias, aquando da visita de um casal de amigos meus, vínhamos a descer a  rua em direcção à minha residência, quando o meu amigo sugeriu que parássemos naquele estabelecimento de forma a bebermos uma água fresquinha, pois os últimos dias de calor têm sido deveras extenuantes. Não acedi de muito bom grado, pois a imagem do dito estabelecimento fala por si, mas o meu amigo insistindo na esplanada exterior e dado que às 17h não seria de esperar nenhum ambiente muito desolador, acedi. Sentámo-nos os três, e poucos minutos depois chegou-nos uma senhora à mesa que nos disse: "Yes, please?". Imediatamente antevi a situação seguinte, mas aguardei serenamente, enquanto o meu amigo pedia uma imperial, a sua esposa uma água fresca ....ia eu preparar-me para pedir uma "bica" quando  a senhora em tom de alarme nos diz que "sorry, don't speak portuguese". Felizmente que domino a língua inglesa e de imediato repeti o pedido em inglês, não sem antes dizer que deveria aprender a falar português. A senhora sorriu e foi ao interior do estabelecimento tirar o pedido.  Enquanto os meus amigos se indignavam, a mim, restava-me a vergonha de recebê-los  na minha cidade e submetê-los ao que eu considero no mínimo uma humilhação a todos os Albufeirenses. Até porque, o nosso turismo não é só feito de "bifes". Ainda assim, fiquei na dúvida se seria a senhora a proprietária e por ventura, e por nosso azar, estaria na hora de troca de turnos dos funcionários?!! Chegado o pedido, é claro que a minha "bica" se transformou num café com leite... Compreensível, obviamente que eu deveria saber que uma "bica" é tipicamente português, não é de esperar que a dita senhora saiba o que é!!!!!!  Na hora de pagar, não resisti e perguntei no meu perfeito inglês, se apesar de não falar português, tinha algum funcionário que falasse?  A senhora desfez-se em simpatias (nisso dão cartas...) e pediu muitas desculpas de não saber falar português (imagine-se que eu ouvi um "obrigadóo"...que esforço),  mas não,  efectivamente naquele bar só se fala inglês.  Mais tarde, ao recordar a situação, ainda me questionei: se não falam português, provavelmente nem terão menus em português. Eu como portuguesa senti-me irritada com esta situação, obviamente...mas o que dirão os nossos amigos espanhóis, que nos visitam com tanta assiduidade, ou os franceses???

Fica o desabafo de uma Albufeirense...

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Parque de estacionamento do Cerro da Lagoa

albufeiradiario, 12.07.06

POLIS vs INATEL                     

                              ZÉ D'ALBUFEIRA       

O director de comunicação da Sociedade PolisAlbufeira, em entrevista dada ontem ao 'barlavento.online' afirma que dois parques de estacionamento, "um situado numa das principais entradas da cidade e outro nos terrenos do antigo campo de bola do Inatel, arrancam depois da época de férias", acrescentando que "em relação a este último, tem havido um impasse com a administração do Inatel, relacionado com a expropriação dos terrenos".

Face a esta ressalva, falta esclarecer a que ano dirá respeito a referida época de férias.

É que o Inatel, ciente da importância da viabilização do parque de estacionamento previsto para o campo do Cerro da Lagoa,  julgando-se ainda, porventura, a Fnat do Corporativismo em que os drs. Teotónio Pereira e Veiga de Macedo faziam o que queriam da Câmara de Albufeira, está a tentar obter como contrapartida a aprovação pelo Município do megalómano complexo hoteleiro projectado para os terrenos anexos ao seu 'centro de férias'.

E uma de duas: ou a Câmara não transige e não se sabe quando (nem se) haverá parque; ou a Câmara cede e temos parque, mas também o fim do exíguo 'pulmão' que resta à cidade, justamente o pinhal do Inatel.

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Na expectativa de uma forte actuação em Albufeira

albufeiradiario, 11.07.06

          Logotipo da ASAE -  Autoridade de Segurança Alimentar e Económica     SAUDAMOS A ASAE

ZÉ D'ALBUFEIRA

Daqui saudamos a ASAE - Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, organismo resultante, em boa hora, da fusão de uma série de serviços dispersos, de pouca ou nula utilidade, cuja actividade era... não actuar.

Pelo dinamismo, operacionalidade e capacidade de intervenção já demonstrados, parece estarmos finalmente em presença de uma entidade que veio para servir efectivamente os portugueses nessa vertente tão importante para todos nós e para quantos nos visitam que é a qualidade alimentar e, genericamente, a defesa do consumidor.

Esperamos que façam de Albufeira um dos palcos privilegiados da sua actuação no terreno, pois temos por cá muitos produtos à venda que, pelo menos aparentemente, não apresentam condições básicas para consumo.

Lembramo-nos, por exemplo, do peixe (podre?) exposto nas bancas de alguns supermercados, que não há gelo nem iluminação que disfarce,  bem assim de refeições mal confeccionadas por pessoal sem qualificação, em restaurantes com deficientes condições de higiene e conservação.

 


 

Queixas e denúncias podem ser dirigidas à ASAE através do site  www.asae.pt

 


 

Importante galardão nacional

albufeiradiario, 10.07.06

PRÉMIO GAZETA IMPRENSA REGIONAL ATRIBUÍDO AO JORNAL  barlavento

                        ZÉ D'ALBUFEIRA                             Capa da edição nº1510

O prémio Gazeta Imprensa Regional (referente a 2005) foi hoje atribuído pelo Clube de Jornalistas, com sede em Lisboa, ao semanário algarvio barlavento, que há 30 anos se publica em Portimão - e que é de longe o jornal de maior qualidade da região do Algarve e um dos melhores do país.
Trata-se de uma decisão justa e incontestável, a premiar o excelente trabalho desenvolvido ao longo dos anos pela extraordinária equipa de profissionais que, sob a batuta do fundador e director Helder Nunes e da chefe de redacção Elisabete Rodrigues (antiga jornalista do 'D.N.'), vem demonstrando diariamente que também é possível fazer bom jornalismo na província.
O blog ALBUFEIRAsempre, na pessoa do director Helder Nunes, felicita todos quantos prestam serviço nos diversos departamentos do barlavento.

A propósito das 'selvas de betão'

albufeiradiario, 10.07.06

É PRECISO DESCARAMENTO!

ZÉ D'ALBUFEIRA

Já os empresários do turismo, levam para a mesa da reunião com Cavaco as preocupações relativas aos "três grandes males" que, na opinião de Elidérico Viegas, presidente da Associação de Hotéis, assolam o Algarve: "as selvas de betão, a construção dispersa e as camas paralelas".

Extracto de uma peça publicada pela Rádio Renascença a propósito da visita, sexta-feira passada,  do Presidente da República ao Algarve.

Cavaco Silva reuniu, para além de outros agentes económicos e autarcas, com hoteleiros da região. Numa dessas reuniões, o presidente da AHETA e gestor do empreendimento turístico Vilanova/Almirur, nas Areias de S.João, Albufeira, proferiu aquela afirmação.

Os albufeirenses (e os algarvios)  já conhecem de ginjeira este senhor, por se bandear permanentemente, de há anos a esta parte, entre o PS e o PSD (conforme são poder) a tentar entrar na presidência da Região de Turismo do Algarve. Felizmente, para o Algarve, sem o conseguir.

Pois,  agora, ficámos a saber que o senhor é contra "as selvas de betão"!

Então, por que construiu a sua empresa um horroroso edifício, verdadeiro atentado de betão, na rua do mercado das Areias de S. João, em cima da estrada, contra os alinhamentos existentes e contrariando as posições de sucessivos executivos da câmara municipal que, a todo o custo, pretenderam emendar um erro tremendo da edilidade, nos anos oitenta, ao permitir a aprovação tácita daquela edificação?

Onde chega o descaramento das pessoas...

 


 

     

                     a h e t a          

                    

                     a h e t a

                                           imagens retiradas do site da AHETA

Imagens do projecto da nova sede da AHETA, em construção (betão pré-esforçado e estrutura metálica) na Horta da Bolota, Albufeira.

Elucidativo.

               

                                                                                      aspecto da construção em curso na Bolota

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"Este livro que vos deixo..."

albufeiradiario, 08.07.06

QUADRAS DE ANTÓNIO ALEIXO

  retrato da autoria de Tóssan

Vós que lá do vosso império

prometeis um mundo novo,

calai-vos, que pode o povo

qu’rer um mundo novo a sério.

 

Co’o mundo pouco te importas

porque julgas ver direito.

Como há-de ver coisas tortas

quem só vê em seu proveito?

 

Eu não sei por que razão

certos homens, a meu ver,

quanto mais pequenos são

maiores querem parecer.

 

O mundo só poder ser

melhor do que até aqui,

-quando consigas fazer

mais p’los outros que por ti!

 

Tu, que tanto prometeste

enquanto nada podias,

hoje que podes – esqueceste

tudo quanto prometias…

 

Que o mundo está mal, dizemos,

e vai de mal a pior;

e, afinal, nada fazemos

p’ra que ele seja melhor.

 

Como és vil, humanidade,

não olhas p’ra as desventuras:

as chagas da sociedade

podes curar e não curas.

 


 

PORTUGAL CORRE PARA O PÓDIO

 

ALBUFEIRA APOIA A SELECÇÃO NACIONAL

LEITOR AMIGO, COLABORA COM O FUTEBOL DE FORMAÇÃO DE ALBUFEIRA: ASSISTE AOS JOGOS NO ECRÃ PANORÂMICO DO ESTÁDIO MUNICIPAL

SERVIÇO DE BAR E PETISCOS

HOJE:  PORTUGAL - ALEMANHA

Apuramento do 3º. classificado.

 


 

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Sem matriz regional

albufeiradiario, 07.07.06

INTERVENÇÃO DESVIRTUA ALBUFEIRA

      ZÉ D'ALBUFEIRA       

                                                                                                  fotos PolisAlbufeira

Parece que o grosso do planeamento do PolisAlbufeira foi arquitectado fora do Algarve, sem a participação de mãos algarvias.  E, pelo que salta à vista, sem que tivessem sido consideradas as especificidades da tradição urbanística e da cultura intrínseca dos naturais de Albufeira.

Não está em dúvida, obviamente, a idoneidade e competência dos técnicos envolvidos, mas tão-somente a ausência de uma matriz regional.

Com menos meios (diríamos: sem meios) legais, logísticos, académicos ou outros, a Albufeira das décadas precedentes conseguiu preservar a sua identidade urbanística e depositar nas gerações actuais todo um manancial de autenticidade e virtuosismo transportados até nós pela vontade inabalável de cidadãos impolutos e responsáveis. Para ser agora gratuitamente desbaratada, em nome sabe-se lá de que princípios pseudo-intelectuais e futuristas, por pessoas que não sabem, nem procuraram saber, o que é a meia laranja, a concentradora, a rua direita, o vale do rio ou a toca dos carneiros.

Membros de executivos camarários ante e pós-25 de Abril, escudados apenas na sua honradez e em pareceres de técnicos conhecedores da realidade local, intérpretes fiéis dos valores e sentimentos profundos dos albufeirenses, tendo em conta o respeito pela autenticidade popular e o senso comum , lograram deixar-nos uma vila branca em mar azul rica de originalidades, beleza e  potencialidades confirmadas no desenvolvimento turístico adveniente.

Com erros, é certo. Mas o futuro nos dirá se os de agora não emergirão mais gravosos.

Fomos tomados por filipes que pr'aqui vieram numa atitude de quero-posso-e-mando, como podiam ter ido para outro lugar, sem cuidar de saber se as soluções que preconizam se ajustam ao sentir e à vontade dos que cá estão.

Um dia destes vão-se embora, deixam-nos amarrados às incongruências.

Eles é que sabem. Mas nós é que nos lixamos.

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