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Albufeira Sempre

Diário sobre Albufeira.

Albufeira Sempre

Diário sobre Albufeira.

Operação de Natal - vamos encher o cabaz

albufeiradiario, 30.11.06

NATAL SEM PRESÉPIO ?

ZÉ D'ALBUFEIRA  

ACOSAL, A Avezinha e Câmara Municipal, em boa hora, deram as mãos para levar a efeito uma denominada "Operação de Natal - vamos encher o cabaz", com a qual pretendem recolher alimentos, roupas e brinquedos  para distribuir pelos protegidos da Santa Casa da Misericórdia e da AHSA. É uma iniciativa que vem na esteira das nossas preocupações, que saudamos e aplaudimos vigorosamente - e para a qual apelamos à generosidade do povo de Albufeira e de quantos nos visitarão nesta quadra natalícia.

Segundo foi anunciado em conferência de imprensa, para além da promoção de acções de animação que visam atrair clientes às lojas do centro da cidade, na baixa de Albufeira serão colocados uma árvore de natal gigante e uma casa do Pai Natal.

Curioso que, sendo alguns dos promotores e apoiantes da iniciativa (como se pode ver pela foto) cristãos assumidos - e sendo a população de Albufeira maioritariamente cristã ou seguidora dos valores cristãos - se tenham esquecido da razão pela qual o Natal existe.

Ou será que já esqueceram o que  é o Natal efectivamente? 

                        Apresentação da Campanha de Solidariedade em Albufeira

Não assobiem para o lado

albufeiradiario, 28.11.06

ARCEBISPO CONFIRMA NOSSA OPINIÃO

                                                                                D. Jorge Ortiga, arcebispo

Complementando o nosso post intitulado "Natal para os Ricos - e os Pobres?", transcrevemos, com a devida vénia, do Correio da Manhã de hoje:

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O arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, diz que a crise social que Portugal atravessa “é mais grave e profunda do que o que muitas vezes se pretende fazer crer”.

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Na apresentação do ‘Fórum das Instituições’, que vai juntar mais de 400 instituições particulares de solidariedade social (IPSS), na próxima sexta-feira, no Campus da Universidade Católica em Braga, o prelado disse que “é preciso dar um murro na mesa e acordar as pessoas para a realidade, que é mais difícil do que o que parece”.

D. Jorge Ortiga diz que “não pode escamotear-se uma realidade que nos mostra empresas a encerrar todos os dias, lançando centenas de pessoas no desemprego, a pobreza a aumentar, sobretudo a chamada pobreza envergonhada, e fingir que está tudo bem”.

 

Natal para os ricos

albufeiradiario, 27.11.06

  E OS POBRES?

ZÉ D'ALBUFEIRA 

Prestes a entrar na quadra natalícia, Albufeira embeleza-se com as já tradicionais iluminações de Natal. Necessárias, sem dúvida, para um destino turístico que aposta nesta época do ano para contrariar a redutora sazonalidade que caracteriza o turismo algarvio. Mas, porventura, manifestamente contrastantes com inúmeras carências que a nossa cidade apresenta a vários níveis. Desde logo, no campo social, onde o número de excluídos aumenta a olhos vistos. Depois, em matéria de infraestruturas básicas, mais uma vez postas à prova com as chuvas recentes. Por fim, no que se refere à segurança dos cidadãos, cada vez mais ameaçada pelo avanço da criminalidade.

A fazer fé no que noticiava há dias um jornal diário, Albufeira é o concelho do País que mais gasta em iluminações de Natal (250 mil euros), depois de Lisboa e Porto.

Com um pouco de imaginação (será que há vontade?) seria possível aplicar uma parcela deste montante, por exemplo, em acções concretas de erradicação da pobreza. Sem pôr em risco as festas dos ricos.

Senhores detentores dos poderes instituídos: Albufeira tem pobres, efectivamente! Não tenham medo das palavras. Nem assobiem para o lado, como se nada fosse convosco.

Passado e presente

albufeiradiario, 25.11.06

TOIN' ARTILHEIRO, OS LIVROS, A GULBENKIAN E A MISÉRIA  QUE É O PORTUGUÊS DE HOJE

                       ZÉ D'ALBUFEIRA                                 

Os Cinco da Enid Blyton povoaram o imaginário da minha meninice.

Recordo com saudade a Biblioteca Itinerante nº 23 da Fundação Calouste Gulbenkian, que visitava Albufeira uma vez por mês e estacionava invariavelmente junto à Praça da Verdura, na Meia-Laranja.

Era lá que eu e muitos outros, jovens, adolescentes e adultos, requisitávamos os livros que haveríamos de ler durante cerca de trinta dias. De acordo com a faixa etária de cada um, evidentemente. Tudo controlado pelo sr. doutor, cujo nome me não vem à memória, homem gordo, culto e autoritário, que havia sido carcereiro em Albufeira apesar da sua formatura. Num máximo de cinco exemplares por leitor.

Só o Toin'Artilheiro, figura popular de então, que tinha como ocupação, juntamente com o Zé Bila, fazer assinaturas no Notário a troco de vinte e cinco tostões, tinha autorização para requisitar mais livros. Lembro-me que essa figura simpática de homem humilde e solitário, mas portador de enorme cultura livresca, usava uma grande alcofa de empreita para transportar os livros, tal era a quantidade, da biblioteca para casa e vice-versa. E durante a semana, era vê-lo sentado num banco de pau à entrada do Cartório a ler, em absorção total,  obras de bons autores, à espera que alguém lhe pagasse para comprovar perante o Notário identidades que verdadeiramente ignorava.

Devo a Enid Blyton o interesse que cedo manifestei por obras literárias. Mais tarde, com Eça, Camilo, Pessoa, João de Deus e tantos outros, em boa hora transformado em profundo amor pela Língua Portuguesa. Sobretudo, pela sua boa prática. Mesmo assim, sujeito-me, por  vezes, a oportunos e pertinentes reparos do Tó Manel Machadinho (ele não leva a mal que o não trate por Professor...)

E os jovens de hoje o que é que têm? Harry Potter's, telenovelas brasileiras, pindéricos romances cor-de-rosa, falsos valores. Que, sem precisar de ir todos os meses à carrinha da Gulbenkian, lhes entram constantemente  em casa pelos mais diversos canais que as novas tecnologias e uma decadente sociedade de consumo lhes facultam.  E, no caso dos albufeirenses, uma biblioteca que está fechada nos dias e horas em que as pessoas, particularmente os estudantes,  mais disponibilidade terão para frequentá-la.

Por isso - e pela sucessiva degradação do ensino oficial - se fala e escreve tão mal Português!

Uma miséria.

      

Pescadores esperam e desesperam

albufeiradiario, 13.11.06

PORTO DE ABRIGO SEM CONDIÇÕES

                     ZÉ D'ALBUFEIRA             

Tarda em arrancar o equipamento portuário de apoio aos pescadores de Albufeira. O que nos leva a pensar que o porto de abrigo, não sendo uma estrutura projectada e construída para servir a frota pesqueira local, se resume a uma antecâmara de acesso ao mini-porto de recreio, pomposamente chamado de 'marina'.

Os molhes foram necessários para a criação de condições seguras para a entrada e saída dos barcos de recreio e, de caminho, sempre se foi dizendo que ali seria o porto de pesca. Até porque urgia libertar a praia dos Pescadores para fins de exploração turística. Os toldos e outros 'apoios de praia' sempre rendem mais para alguns...

Certo é que a frota artesanal, para ali empurrada para alegadamente dispôr de melhores meios operacionais, em alguns casos parece estar pior do que na praia.

Os pescadores esperam e desesperam e o velho sonho de décadas nunca mais é concretizado.

Bom exemplo para a Câmara de Albufeira

albufeiradiario, 12.11.06
CAMPO DE FUTEBOL MUITO BEM TRATADO EM CUBA (Alentejo)                    
                            ZÉ D'ALBUFEIRA                    

Fui hoje a Cuba, a terra de Cristóvão Colombo, no Baixo-Alentejo, acompanhar a equipa de iniciados de futebol do Imortal, onde joga um filho meu, que ali defrontou o Sporting local em jogo a contar para o campeonato nacional do referido escalão.

Fiquei deslumbrado com o campo que lá têm. De terra batida, é certo, mas com um piso muito bem tratado e, sobretudo, com balneários amplos, bem equipados, pavimentos e paredes revestidos de bons materiais, funcionais e higiénicos. À volta do campo, muitas árvores, pavimentos cimentados, sistema de drenagem eficaz a envolver todo o rectângulo de jogo.

Em suma: um recinto desportivo muito bem tratado, a alegrar os olhos dos visitantes e a oferecer um convidativo ambiente de harmonia a quem ali pratica futebol.

Tudo da responsabilidade da Câmara local, ao que me disseram.

Um gritante contraste com o campo da Palmeira, que todos conhecemos, de ambiente desolador, montes de terra e pedras à volta do recinto de jogo, lama e poças de água sem escoamento, enormes arbustos daninhos  por todo o lado, até dizer 'chega!'

O presidente da Câmara (que até goza da fama de ser amante do desporto) e o seu assessor - a quem endossou as responsabilidades camarárias sobre estas matérias - têm de arranjar tempo para fazer uma visita a Cuba e tomar consciência da profunda diferença existente entre um pobre concelho do 'Alentejo profundo' e um rico Município do litoral algarvio, em termos de equipamentos desportivos. E para não responderem ao Imortal que, por terem pintado os balneários, nada mais há a fazer para melhorar e embelezar o campo da Palmeira.

De pouco serve ter um estádio de cara lavada se tudo o resto for trampa!

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albufeiradiario, 10.11.06

  Homenagem                                                                                    

  

'O Herói que numa bela madrugada fez a diferença entre a noite e o dia: o Capitão Salgueiro Maia'

                                           José Sócrates in Congresso do PS 

As 7 Maravilhas do Mundo Português (não tem nada a ver com Exposição do Mundo Português do Salazar)

albufeiradiario, 09.11.06

ALBUFEIRA É FORTE CANDIDATA

ZÉ D'ALBUFEIRA

Está em marcha a candidatura de Albufeira às "Sete Maravilhas de Portugal". Iniciativa que visa isso mesmo: eleger as sete 'coisas' mais maravilhosas do nosso País.

Obviamente, com o núcleo central da praça do granito (e das palmeiras), o largo Engº. Duarte Pacheco. Enriquecido com a cratera d' A Maré. E os jardins suspensos da Meia Laranja.

Que se cuidem os jardins suspensos da Babilónia...

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albufeiradiario, 08.11.06

   

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As quadras de António Aleixo 

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- Dá quem pode – tem graça,

diz alguém sem compreender

que há mais quem possa e não faça

o que outros fazem sem poder.

 

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