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Albufeira Sempre

Diário sobre Albufeira.

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Questões pertinentes

albufeiradiario, 30.09.08

NA RESSACA DAS CHEIAS

ZÉ D'ALBUFEIRA    Inundações em Albufeira

Deixámos propositadamente que assentasse a poeira, melhor dizendo: que escoasse a água, para uma análise necessariamente breve e despretensiosa e desapaixonada sobre os dramáticos acontecimentos que abalaram Albufeira na última semana. E cujas marcas são ainda bem visíveis (sê-lo-ão por quanto tempo?) na baixa da cidade, particularmente entre os comerciantes que viram o seu futuro posto em causa, enquanto empresários, uma vez que alguns deles, despojados dos seus haveres, e sem apoios palpáveis à vista (ainda agora começou, em cima do joelho, a catalogação dos prejuízos) vêem um futuro muito nebuloso à sua frente, acossados que estão pelo espectro da falência.

Desejando porventura sacudir a água do capote, fazendo esquecer as suas responsabilidades, sugerem agora alguns responsáveis que se promova uma "feirinha" de salvados, como se isso resolvesse alguma coisa.

A pergunta mais candente que se apodera da cabeça dos albufeirenses é: como foi possível, em apenas uma semana, sofrer três cheias sem que, logo a partir da primeira, se tivesse tomado medidas práticas de prevenção? Como, por exemplo, com utilização de uma retro, ter reposto o caneiro a céu aberto existente junto à antiga retrete (requalificado pelo Polis), por forma a que escoassem por ele as águas em excesso? 

Outra questão em aberto, e que, tal como a anterior, denota completa ausência de verdadeira e actuante Protecção Civil, é esta: por que não mandou a Câmara entaipar, com pequenos muretes tipo comporta, que servissem de barragem, os estabelecimentos mais atingidos, para evitar novas investidas da enxurrada?

Afinal, a dita Protecção Civil só serve para duvidosas campanhas nas escolas e folclóricas inaugurações de espaços de "divulgação", com o fito único de aparecer nos órgãos de propaganda do executivo, editados pela Câmara com o nosso dinheiro, e nos jornais locais, subsidiados pela Câmara com o nosso dinheiro?

E quanto à regularização da rede de escoamento das águas pluviais que o Polis deixou tão maltratada? Apenas assistimos, de momento, a ligeiras e desenxabidas declarações de intenções. O que é que já começou a ser feito? Irá o Polis suportar os encargos inerentes?

E o povo, em cujo nome tudo se faz mas que sempre é ignorado pelos seus representantes, irá começar a ser ouvido? As opiniões dos munícipes, que oportunamente contestaram a pomposamente designada de intervenção Polis, passarão a ser escutadas por quem de direito?

Agora se percebe porque recusaram os edis a cedência do auditório para discussão pública dos resultados (nefastos!, está à vista de todos) do Polis na nossa santa terrinha.

 

QUEIXA NO MINISTÉRIO PÚBLICO

A ACOSAL, associação representativa da maioria dos comerciantes da baixa de Albufeira vítimas das inundações, decidiu apresentar queixa no Ministério Público, para apuramento das responsabilidades pelos danos causados, supostamente, pelo deficiente planeamento, execução e acompanhamento das obras do Polis.

Esperemos que a urgente regularização das anomalias no terreno não tenha de aguardar pela decisão do MP. Pelo andar da carruagem a que este nos habituou, ainda irá a baixa de Albufeira sofrer muitas cheias.

 

Com que objectivo?

albufeiradiario, 28.09.08
PONTÃO REQUALIFICADO
ZÉ D'ALBUFEIRA              Albufeira

Afinal, a estacada-cais (nome oficial do pontão construído a partir do antigo cano de esgoto da vila, na Praia dos Pescadores) não será prolongada, contrariamente às notícias divulgadas meses atrás por alguma imprensa, com base em informação do próprio Polis. Vai ser submetida a uma operação (quase diria de cosmética) de emparedamento com betão pré-esforçado, que impedirá as águas de circularem entre as estacas.

Com que finalidade? Ninguém parece saber. Nem tão-pouco se a intervenção obedece a critérios ambientais transparentes.

O que se sabe com segurança é que, mais uma vez, se vai gastar umas pipas de massa com requalificações de duvidosa utilidade.

 

Munícipes temem o pior

albufeiradiario, 27.09.08

ACÇÃO PREVENTIVA INEXISTENTE

             ZÉ D'ALBUFEIRA                   

Valente bátega começou neste preciso momento (08h25) a precipitar-se sobre os solos impermeáveis de Albufeira.

Temendo uma sequela da enxurrada desta segunda-feira e tendo ainda bem presentes na memória a angústia e o sofrimento então dramaticamente vividos, comerciantes e moradores da baixa interrogam-se sobre como será uma nova pancada de água.

Há quem pergunte, sem obter resposta, o que foi feito nestes dias pela Protecção Civil para evitar ou minimizar a repetição da desgraça.  Que se visse, nada!

Valha-nos S. Pedro.

 

...

albufeiradiario, 26.09.08

 O BRADO DA SEMANA

 

[ Na baixa de Albufeira] "numa das saídas da água para o mar, onde antes havia uma linha de água natural que escoava o excesso de chuva, há agora um anfiteatro, que acaba por funcionar como barragem."

                                                                            Elisabete Rodrigues, in Barlavento

 

Hilariante

albufeiradiario, 25.09.08

DEPOIS DO SOFRIMENTO

- O HUMOR

ZÉ D'ALBUFEIRA        Lojas e bares da Baixa de Albufeira completamente inundados

A melhor maneira de combater a desgraça é, sem dúvida, lançar sobre ela uma nota de humor que faça esquecer a gravidade da questão.

Foi isso, exactamente, que fez a Sociedade PolisAlbufeira, ao divulgar o comunicado em que lava a água do capote (e da baixa de Albufeira) relativamente à desgraça (leia-se: cheia) que se abateu sobre a cidade.

CLIQUE NESTE LINK PARA ACEDER À HILARIANTE PROSA QUE A SOCIEDADE POLIS FEZ PUBLICAR EM ALGUNS JORNAIS.

 

GABINETE DE APOIO AO PRESIDENTE

Por outro lado, o GAP, ao divulgar no site da Câmara o texto a que se acede por este link mostra que há por ali, de facto, um mestre em matéria de comunicação social. Que constitui, sem dúvida, para o executivo uma mais valia a não desperdiçar de maneira nenhuma.

 

"O povo é sereno"

albufeiradiario, 24.09.08

RESCALDO DAS CHEIAS

ZÉ D'ALBUFEIRA              

O líder da ACOSAL, Luis Alexandre, estima em declarações ao "Diário de Notícias" que os prejuízos provocados pelas cheias de anteontem ultrapassem o meio milhão de euros.

Face à disponibilidade manifestada pelo presidente da Câmara - que interrompeu umas curtas férias para renovação do gabinete que ocupa nos paços do concelho e declarou à Agência Lusa não excluir a hipótese de ajudar os comerciantes - é pertinente que se coloque a seguinte questão: não teria saído mais em conta ao erário público ter dado ouvidos oportunamente aos contestatários da intervenção Polis no subsolo e ter obrigado à colocação das infra-estruturas adequadas, de acordo com o bom senso e com as normas técnicas aconselhadas por quem sabe da poda?

Parece mais uma vez concluir-se à posteriori, por força das circunstâncias e pelo reconhecimento da verdade dos factos, que o autismo dos políticos perante os dados concretos apontados pelos que legitimamente deles discordam, em atitude de autêntico absolutismo, despropositado e pernicioso, leva à perda inconsequente de meios e bens, em prejuízo (quase sempre) do colectivo.

Estamos em presença de estragos de monta de que são vítimas, em primeira mão, os comerciantes afectados pela enxurrada. Mas que pesarão inevitavelmente e a breve trecho sobre o Município e os munícipes, habituados estes a ter de pagar pelas asneiras dos que, em sua representação, ocupam o poder.

Tudo teria sido evitado, nada disto teria acontecido se, em devido tempo, a arrogância dos engenhocas do Polis (e também de alguns autarcas e técnicos da autarquia) não se tivesse sobreposto ao diálogo e à concertação próprios dos regimes democráticos e de dirigentes impolutos e dotados de verdadeira e desinteressada consagração à causa pública.

O que vai valendo aos que ingloriamente desperdiçam os recursos públicos é que "o povo é sereno", como afirmava uma proeminente figura do prec já desaparecida. Tão sereno que, ainda ontem, em pleno rescaldo da inundação, me foi dado ouvir de uma mulher de meia idade este desabafo: "o pior é se, depois desta desgraça, não resta dinheiro para o foguetório!"

 

...

albufeiradiario, 23.09.08

FARMÁCIAS DE SERVIÇO                             

A informação que prestamos sobre Farmácias de Serviço não está em dia, uma vez que é obtida através de um link para o site da Câmara, cujos dados não são actualizados desde 11 de Setembro.

Embora alheios a esta anomalia, apresentamos as nossas desculpas aos visitantes do blog ALBUFEIRAsempre.

 

Futebol nacional e regional

albufeiradiario, 23.09.08

RESULTADOS ONLINE

ZÉ D'ALBUFEIRA               

Nós, que até nem vamos muito à bola com o futebol, optámos por incluir a partir de hoje informação online sobre os resultados e classificações do futebol nacional e distrital (do Algarve), através da introdução de um novo link para o AlgarveDesporto, jornal desportivo online do nosso amigo António Martins, a quem saudamos com amizade. 

As tabelas a que os nossos visitantes passam a ter acesso têm actualização permanente pela equipa redactorial daquele site e pela Associação de Futebol do Algarve. 

Pretendendo servir a generalidade dos nossos leitores com interesse neste tipo de informação, procuramos sobremaneira trazer informadas as famílias das largas centenas de crianças que militam nos escalões de Formação dos clubes desportivos do nosso concelho.

 

Esta madrugada

albufeiradiario, 22.09.08

CHEIAS NA BAIXA DE ALBUFEIRA

    ZÉ D'ALBUFEIRA                  

Não foi preciso uma tromba d'água. Bastou uma hora de chuva normal para que a baixa de Albufeira sofresse, de novo, cheias intensas. Alguns estabelecimentos comerciais foram inundados até um metro de altura. Mais grave ainda, voltou a verificar-se a mistura explosiva entre águas pluviais e esgotos, o que originou que os dejectos andassem a boiar, introduzindo-se nas lojas e bares e emprestando ao ambiente um cheiro pestilento e nauseabundo que, horas volvidas, ainda paira sobre a zona atingida.

Já não constituem surpresa, infelizmente, para os albufeirenses ocorrências como esta, de tão habituais se terem tornado após a malfadada intervenção Polis.

Hoje, na ausência do presidente da Câmara, vamos ouvir concerteza o vereador Quintino ou outro qualquer apanhado a laço contar a história já gasta de que o problema é passageiro e tudo ficará resolvido com o tal emissário submarino.

Mas os prejuízos dos comerciantes, a incomodidade das pessoas e a má imagem de Albufeira, esses já nada nem ninguém nos tira.

 

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