ESPLANADA ATRAI GENTE
ZÉ D'ALBUFEIRA d.r.
Teve o seu fim previsto, sob o camartelo do (malfadado) Polis. Felizmente, faltou-lhes a coragem. A mesma coragem que não houve (infelizmente, neste caso) para preservar os espaços públicos mais genuínos e emblemáticos que Albufeira possuía: o Passeio dos Tristes e a Meia Laranja.
A esplanada do Inatel, sobranceira ao mar e anexa ao edifício antigo, que esteve para ser arrasado, continua a mostrar uma vitalidade que só surpreende quem não conhece a realidade da nossa terra e a vivência das suas gentes. Ainda agora, com o Inverno a querer entrar, é ver a quantidade de pessoas, maioritariamente moradores locais, que nela convivem em amena cavaqueira, lendo um bom livro ou um jornal ou, simplesmente, repousando.
São, aliás, conhecidos os bailaricos nocturnos ali realizados na estação alta, que juntam naturais e visitantes em agradável camaradagem.
Outras manifestações de cariz popular, ligadas à cultura e à diversão, poderiam (deveriam) ter ali lugar ao longo do ano. Bastava para tanto que as autoridades e o movimento associativo, obviamente coligados com a Fundação Inatel, programassem actividades abertas à livre participação de todos. Eventualmente, em alternância com os outros espaços próprios, nomeadamente a Praça do Pescador e o Largo Engº. Duarte Pacheco.