Policiamento
DEFICIENTE UTILIZAÇÃO
DE MEIOS HUMANOS
ZÉ D'ALBUFEIRA d.r.
O comando nacional da GNR, em resposta a uma preocupação manifestada pelo presidente da Câmara, veio a terreiro afirmar que os efetivos do Destacamento de Albufeira são ajustados às necessidades da zona.
Talvez numericamente e no papel assim seja. Mas afirmá-lo desta forma categórica denota, no mínimo, confrangedor alheamento do que se passa no teatro de operações. E deixa transparecer, por outro lado, uma manifesta e condenável atitude de avestruz. Caraterística que, reconheçamo-lo, se vem acentuando ultimamente na atuação de responsáveis da vida nacional.
O problema, grave, que se coloca é a adequação do dispositivo da Guarda - e o seu desempenho operacional - à realidade existente no terreno.
E aqui, o que se verifica é que os militares da Guarda estão constantemente ocupados na caça à multa nas rotundas da cidade. Descurando obviamente o chamado policiamento de proximidade. O tal que coloca (deveria colocar) os militares em situação de vigilância abrangente, para dissuasão dos marginais e segurança das populações.
Não menos importante é o insuficiente efetivo mobilizado no combate direto ao crime organizado, em crescendo assustador. É humanamente impossível fazer mais e melhor. Os membros do NIC são autênticos heróis nesta luta desigual, face à escassez de meios que enfrentam diariamente.
Em resumo, o problema aflorado pelo edil não residirá, de facto, no número de efectivos. Mas tão-só no seu enquadramento. E este é da responsabilidade da cadeia de comando.
*foto ALBUFEIRAsempre