Município deve regular atividade dos angariadores

ZÉ D'ALBUFEIRA                           d.r.

Têm razão os empresários de restauração honestos da baixa de Albufeira.

É uma pouca vergonha o que se passa com os "angariadores" de certos restaurantes, sem o mínimo respeito pelos congéneres, ao ponto de exercerem a sua ação nas esplanadas dos outros, tentando arrastar os clientes. Eu próprio já presenciei uma situação no mínimo censurável: clientes numa esplanada, já depois de sentados, assediados pelo "angariador" de um estabelecimento vizinho!

Isto para além do sentimento de repulsa que estas situações necessariamente incutem nos turistas, alvo de assédio ilegítimo e verdadeiramente chato - quando o que procuram entre nós é sossego e, no caso em apreço, poder degustar com tranquilidade as especialidades algarvias.

A câmara só não resolve o problema se não quiser. Para tanto basta a criação de uma postura municipal reguladora da atividade, que permita a cada unidade, restaurante ou bar, dispor de um (apenas um!) angariador a atuar exclusivamente na área fronteira à própria esplanada ou porta. Os angariadores devem ser identificados, licenciados e encartados pela autarquia, que os responsabilizará disciplinarmente - tal como aos gerentes e proprietários dos estabelecimentos - pelo estrito cumprimento da postura. E encarregar a PM de zelar pelo regular funcionamento da atividade, em patrulhas apeadas, em vez de passear de carro. 

Parabéns, Olhanense!

ZÉ D'ALBUFEIRA                           d.r.

O Braga perdeu em casa com o Olhanense, como titulou a generalidade da comunicação social, ou o Olhanense venceu o Braga em Braga? É a velha questão do copo meio cheio ou meio vazio…

Parabéns, Olhanense! Pelo centenário – e pela excelente ponta final na Liga, a encher de orgulho os algarvios.

*foto TVI

Pela liberdade, sempre

ZÉ D'ALBUFEIRA                                               

A edição do barlavento que o leitor tem em mãos comemora a liberdade reconquistada no 25 d’Abril de 74 e, simultaneamente, uma das mais caras expressões dessa liberdade, a própria liberdade de imprensa – de que este semanário, que hoje festeja 37 anos (cheios) de vida, se pode ufanar com orgulho de todos quantos trabalham ou alguma vez trabalharam nesta casa. Alfobre de jornalistas livres e livres pensadores – há-os espalhados pelos quatro cantos da comunicação social de expansão nacional – o barlavento é, desde há muito, uma tribuna respeitada, pelos milhares de fiéis seguidores como pelos que legitimamente dele discordam. Até nos corredores do poder, onde o «gramofone» é aguardado todas as quintas-feiras com expetativa, é lido avidamente e tidas em conta as suas posições. Uma instituição assim, que sente a permanente atenção e o carinho dos algarvios, desde os que ocupam posições de relevo na sociedade e na política até ao povo anónimo, trabalhador e sofredor que procuramos servir semana após semana, só pode sentir-se feliz e realizada ao constatar que, perdoe-se-me a imodéstia, é um baluarte da liberdade de expressão no Algarve, dando voz a toda a gente, até às minorias geralmente silenciadas e esquecidas.

Por força da nossa identidade e dos princípios da liberdade que nos norteiam, estamos naturalmente atentos às movimentações que hoje procuram denegrir e calar as vozes discordantes dos grandes interesses do capital sem pátria. Sabemos que o poder económico, mas também os interesses instalados na política, tudo farão para estrangular os que persistem na defesa dos valores de Abril. Por isso, não desarmamos, não recuaremos um milímetro que seja do objetivo traçado na primeira hora: fazer um jornal livre, isento e democrático ao serviço do Algarve e dos algarvios.

(Minha coluna de opinião "Antes do mais" no «barlavento» de hoje, 26/04/2012)

Madrugada de 25 de Abril de 74, parada da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém:

"Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!"

Todos os 240 homens que ouviram estas palavras, ditas da forma serena mas firme, tão característica de Salgueiro Maia, formaram de imediato à sua frente. Depois seguíram para Lisboa e marcharam sobre a ditadura.

Associação 25 de Abril fora

das comemorações oficiais

ZÉ D'ALBUFEIRA                             

Plenamente de acordo com a Associação 25 de Abril. Não se pode comemorar a Revolução dos Cravos com o poder político que tudo faz para suprimir as conquistas de Abril!

25 de Abril

em tempo de vacas magras

ZÉ D'ALBUFEIRA                           d.r.

"... e nada mais havendo a tratar", melhor, nada mais havendo a inaugurar... a câmara de Albufeira inaugura no dia 25 d'Abril o novo Posto de Turismo localizado na (futura) Avenida Desidério Silva, a principal porta de entrada na cidade capital do turismo.

É às 18 horas.

*foto ALBUFEIRAsempre

Governo incompetente

ZÉ D'ALBUFEIRA                           d.r.

Parece que ainda havia gente - haverá sempre quem acredite no Pai Natal... - que dava crédito ao executivo PC (Passos Coelho). Pois a execução orçamental (1º trimestre) veio confirmar que estamos em presença de um governo incompetente, de ministros incompetentes!

E o Gasparzinho não passa de um puto... sonhador romântico. No fundo, um mau aluno, um péssimo estagiário. E quando assim é, de quem é a culpa? Do professor. Neste caso, do professor Cavaco - que vai dando cobertura a todas as criancices dos putos que, no poder, se entretêm a fingir (que sabem) governar. 

*foto Lusa

Novo IVA

ZÉ D'ALBUFEIRA                          d.r.

O que o governo apelida de «taxa para a saúde e segurança alimentar», a aplicar ao setor da distribuição, configura em boa verdade mais um imposto sobre o consumo para seringar o zé pagode, já tão depauperado pelas sucessivas e permanentes investidas visando fazê-lo pagar até ao tutano pelos desmandos de governantes incompetentes e políticos oportunistas.

Alguém acredita que as empresas de distribuição não farão refletir o novo encargo nos preços finais a pagar pelos consumidores?

Em rigor, a pretensa «taxa para a saúde e segurança alimentar» constitui um novo IVA com outro nome – e com a enorme vantagem para o Estado de não dar lugar a reembolso.

Mente iluminada, a da ministra Assunção, que assim se assume também como coveira das famílias (a pedir meças aos colegas machos do executivo), usando estrategicamente uma outra nuance: a de apresentar o novo imposto sobre o povo consumidor como se se tratasse de uma taxa a onerar as grandes empresas. É que já estava a dar muito nas vistas e a provocar descontentamento generalizado o facto de o governo, de cada vez que anunciava o agravamento ou a criação de um imposto, afirmar tratar-se do último, para pouco tempo volvido aplicar nova estucada. Assim, sempre a coisa aparece sob um disfarce…

Quem já não vai em disfarces, porém, é o povo. Os do poder que se acautelem.

(Minha coluna de opinião "Antes do mais" no «barlavento» de hoje, 19/04/2012)