Coletividades à beira da rotura
ZÉ D'ALBUFEIRA d.r.
Com o incentivo e o financiamento da Câmara de Albufeira, nos últimos 15, 20 anos, cresceram como cogumelos algumas dezenas de clubes e associações de cariz desportivo, cultural e social, a juntar a muitos já existentes, todos habituados a viver à custa do Município, pródigo em tempo de vacas gordas.
Razões eleitoralistas, muitas vezes, e a necessidade de contemplar a prática de modalidades inexistentes no concelho, raramente, terão estado na génese deste movimento.
Alguns desenvolveram e mantêm atividades que servem a população, fazendo jus aos apoios obtidos. Mas outros, muitos outros, constituiram-se oportunisticamente para desfrutar do erário público, sem o menor serviço comunitário. Há coletividades (?) que pouco mais representam que os moradores de uma mesma rua ou sítio e cuja ação se resume a festejar o aniversário.
Agora que a teta secou é que vamos ver quem tem unhas para continuar a tocar viola!
Os que dispõem de recursos próprios, fruto de gestões equilibradas e consequência da real implantação no tecido social, poderão autofinanciar-se e manter uma vida própria sem grandes sobressaltos, cortando obviamente nos gastos espampanantes e inúteis.
Aos que não apresentam estruturas nem massa associativa (há-os por aí...), nada mais lhes resta do que uma profunda letargia. Por quanto tempo, não se sabe.
*foto ALBUFEIRAsempre (arquivo)
Releia-se a propósito o meu texto (irónico) de 5 de Junho de 2006. AQUI.