Resultados pouco claros
ZÉ D'ALBUFEIRA d.r.
Num universo de 1. 109. 531 passageiros que utilizaram o Giro em 2012, a Câmara de Albufeira auscultou quinhentos [0,045%...] através de um inquérito em papel distribuído e recolhido pelos motoristas, sem a menor garantia de confidencialidade, para concluir que "enquanto cerca 26% se encontram satisfeitos, 13% encontram-se insatisfeitos e 12% não sabem ou não respondem". E os restantes 49%?
E como é que conseguem fazer refletir com segurança e rigor científico no universo dos utilizadores (mais de 1 milhão/ano!) os resultados obtidos em cima do joelho nas respostas efetivamente recebidas - que foram muito menos de quinhentas!?
Expliquem lá isso por miúdos... Talvez o método até possa ser aplicado ao OE 2013 e, dando uma preciosa ajudinha ao governo da Nação, conduzir ao milagre da multiplicação dos euros, oferecidos de mão beijada ao companheiro Gaspar... e que muito jeito dariam em ano de eleições locais.
Ó doutor Rolo, você que é um exímio professor de Matemática, coisa rara nos tempos que correm, veja lá se mete na ordem os números verdadeiramente obscenos divulgados pelos serviços da autarquia a que tão proficientemente preside...! Por favor, habitue-se, sem ser censor - sei que não tem queda nem espírito para isso -, a verificar minuciosamente tudo o que mandam cá para fora em nome do executivo. Que, em última análise, é em seu nome, enquanto primeiro responsável.
Contudo, devo dizer em abono da verdade, concordo com a afirmação de que o Giro é "um caso de sucesso", constituindo "uma forma cómoda e económica dos residentes se deslocarem para os seus compromissos diários, e dos seus visitantes e turistas conhecerem e explorarem a cidade". Isto apesar do desleixo da concessionária EVA quanto à manutenção dos autocarros. Nalguns chove como na rua, noutros sente-se um pivete a gasóleo quase insuportável. Parte deles apresenta avarias permanentes (sobreaquecimento dos motores, falta de ar condicionado e desembaciamento dos vidros e espelhos, suspensões incómodas, portas que funcionam mal, ruídos ensurdecedores...). A maior parte não oferece aos passageiros as condições desejáveis de comodidade! Muito embora, diligentemente, os motoristas dêem conta destas e outras anomalias a quem de direito. Mas parece que as oficinas, fixa e móvel, nunca têm tempo suficiente para atender todos os casos...
Cobertura ameaça ruir
E já agora, vem a talhe de foice perguntar à Proteção Civil [PC] municipal o que pensa fazer para impedir que a parte da cobertura da sala de espera do terminal que ameaça ruir se precipite um dia destes, sob a influência de uma tempestade como a que ocorreu recentemente em Lagoa e Silves. As fitinhas a isolar a área vão evitar alguma coisa, ou são para inglês ver?
Talvez as meninas da PC, em vez de irem no jipe de serviço tomar café à praça, aos sábados de manhã, devessem passar a tomar essa bebida social no bar do terminal. Ao menos assim estariam mais em cima do acontecimento.
E que dizer das portas encerradas por falta de manutenção?
*foto ALBUFEIRAsempre (arquivo)