Quarta-feira de cinzas
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Bênção e imposição das cinzas
A bênção e a imposição das Cinzas são uma prática penitencial muito antiga.
Nos primeiros séculos da Igreja, os cristãos, que haviam prejudicado a comunidade cristã com escândalos públicos, expiavam-nos duarante a Quaresma. No começo desse tempo litúrgico, recebiam as cinzas sobre as suas cabeças, em sinal de humildade e, a seguir, eram acompanhados à porta da igreja. Até Quinta-Feira Santa não participavam nas assembleias da comunidade, mas permaneciam no átrio, em sinal de penitência.
Na sociedade moderna, em que tudo se permite e tudo se procura coonestar, não só se está a perder a consciência das repercussões sociais do pecado, como também o próprio sentido de pecado. Por isso, as penitências públicas não seriam compreendidas.
A Igreja, no entanto, através da cerimónia simbólica da imposição das cinzas, quer que reconheçamos a nossa condição de pecadores e nos dispunhamos a aceitar, com humildade, a morte temporal, como consequência do pecado.
Quer, igualmente, que nos comprometamos a lutar contra o pecado durante a Quaresma, confiados na ilimitada misericórdia de Deus, que não deseja "a morte do pecador".
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Com o apleo à conversão, expresso na cerimónia da imposição das cinzas, a Igreja dirige-nos também um convite ao jejum.
Renunciando a uma parte importante do seu alimento, o cristão manifesta a sua disponibilidade em seguir o Senhor e em amá-lo acima de todas as coisas materiais e exprime a sua solidariedade com tantos homens e mulheres privados de alimento, de meios económicos, de bens culturais e de possibilidades de progresso.
Tempo de conversão, a preparação para a Páscoa deve transformar-se em "Quaresma de Fraternidade".
FONTE - Missal Popular