29 de junho

Dia de S. Pedro

                                              "[Simão] Tu és Pedro (pedra) e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja"

                                                                                                                                 Mt 16,18

ZÉ D'ALBUFEIRA

S. Pedro é o terceiro dos Santos Populares, festejado neste dia 29 de junho - terceiro na sequência do calendário que não na importância.

Apóstolo, foi dos mais diretos (e diletos) colaboradores de Jesus Cristo.

É representado com as chaves do "Reino do Céu" e, diz a tradição popular, absorvida do texto bíblico, é quem franqueia a entrada no Céu a quantos fizeram por merecê-lo ao longo da sua peregrinação terrena.

Poemas de João de Deus

Simpatia

Olhas-me tu

Constantemente:

Daí concluo

Que essa alma sente;

Que ama; não zomba

Como é vulgar;

Que é uma pomba

Que busca o par…

Pois ouve: eu gemo

De te não ver!

E, em vendo, tremo,

Mas de prazer!

Foge-me a vista…

Falta-me o ar…

Vê quanto dista

Daqui a amar!

Museu de Arqueologia

                                                                                                                                                                             CMA

ZÉ D'ALBUFEIRA

Uma boa notícia para a cultura local.

O Museu Municipal de Arqueologia de Albufeira anunciou esta sexta-feira que vai reabrir em breve.

A reabertura ao público far-se-á, segundo a nota divulgada pelo Museu, "com novas acessibilidades, com a renovação do seu discurso museológico e com medidas de segurança face ao Covid-19".

Centenário

A minha rua tem o mar ao fundo

de António Pereira

                                                                                                                                                                                                                       d.r.

Sou algarvio

E a minha rua tem o mar ao fundo

Sempre que passa aqui algum navio

Passam, aqui, navios de todo o mundo

Oiço a voz que me namora

Da outra banda do mar…

Que me namora e me chama

Da outra banda do mundo

E se eu abalasse mãe?

E se eu abalasse e nunca mais voltasse?

Choravas, sim, eu sei bem

Posso não ser filho às vezes

Mas tu és mãe, sempre, mãe!

Se não fosse a minha mãe,

Se não fossem os meus,

Adeus aldeia, adeus praia,

Adeus gaivotas, adeus.

E eu vou ficando, não chores

Aqui, nesta aldeia do Algarve onde nasci,

Nesta rua que tem o mar ao fundo,

Onde nasceram meus pais,

E nasceram e morreram antepassados que não conheci;

Aqui há um poder maior

Que pode mais que aquela voz que me chama da outra banda do mar,

Que me namora uma chama da outra banda do mundo.

In Notícias do Mar

Poemas de João de Deus

Tempo de praia

                                                                                                                                                                                    Maria Lúcio

ZÉ D'ALBUFEIRA

Haverá imagem mais apropriada do que esta para dar as boas-vindas ao verão que começa este sábado, 20 de junho?

As rochas alcantiladas da Praia dos 3 Penecos (ou dos Arrifes) e da zona envolvente, debruçadas sobre as águas transparentes e calmas (e cálidas) do oceano que nos banha a sugerir o Paraíso... - num click muito feliz (e artístico) da gentil filha do meu amigo Zé Mário Lúcio, ambos também amantes das belezas naturais da nossa costa.

O verão tem início exatamente às 22.44, hora a que ocorre o solstício.

'Porto' virtual para assinalar a data festiva

                                                                                                                                ALBUFEIRA SEMPRE (arquivo)

ZÉ D'ALBUFEIRA

A menos de uma semana do centenário - e ante o completo (e confrangedor e esclarecedor) silêncio oficial - tomo a liberdade de convidar os sócios e simpatizantes que trazem o Imortal no coração para um Porto virtual no dia 24 de junho.

O alar da rede

deuses com pés de barro

                                                                                                                                                                                                        d.r.

ZÉ D'ALBUFEIRA

Há-os por todo o lado.

Na política, no associativismo, nos negócios, nos mais variados setores do tecido social - até na Igreja.

São os que sempre exibem um apetite insaciável por aplausos, fruto quiça de egos doentios, em busca permanente da luz da ribalta, tornando-se - vaidade suprema! - nos mais atentos espetadores.

Autênticos deuses com pés de barro, são até capazes, em jeito de autopromoção, de assumir despudoradamente como seus feitos de outrém.

Incluem-se entre os tais que o grande Aleixo dizia, poetando com mordaz ironia, que "envenenam a sociedade".

Há que mantê-los à distância, negando-lhes qualquer importância.

Os que agem por valores puros, bem intencionados, usam de práticas simples e humildes atitudes. Não precisam de colocar-se em bicos de pés ou trepar a pedestais para darem nas vistas, nem reivindicam para si quaisquer recompensas.