Com obras por acabar na envolvente da ermida

                                                                                         ALBUFEIRA SEMPRE

ZÉ D'ALBUFEIRA

A Câmara de Albufeira patrocina a tradicional Festa de Nª. Sª. da Orada (o que tem feito, aliás, nos últimos decénios), realizada pela Paróquia local.

Este ano (só agora?), a edilidade constatou um facto bem patente há muitos anos aos olhos de todos: a calçada ao cimo da principal e única avenida da marina, bem assim na Alameda do Convento, zona envolvente da Ermida da Orada, carecia de regularização e reparação em alguns troços.

Após largos e largos meses de inação, resolveu a Câmara mandar proceder às intervenções necessárias (admitimos que, antes, não houvesse verbas disponíveis...) mesmo em cima das festividades - que tiveram início no pretérito dia 1 de Agosto.

Sem qualquer fiscalização (não sei para que serve o serviço homónimo da CMA, nem tanto engenheiro a limpar o pó das cadeiras) o empreiteiro foi desenvolvendo as obras ao seu próprio ritmo e orientação.

De tal modo que, no último sábado, com recurso ao trabalho extraordinário em fim de semana, foi reposta a calçada junto à escadaria principal da ermida, ao nível da avenida da marina - ficando para trás os troços acima, mesmo junto à entrada do adro.

E hoje, segunda-feira, não vieram trabalhar (porventura em troca do sábado; nada tenho a opôr às relações do empreiteiro com os trabalhadores, certamente de acordo com a lei vigente).

Certo é que ontem a missa campal, cuja realização a Câmara conhecia, foi celebrada em condições não as melhores em termos físicos.

E depois de amanhã (dia 12) chega aqui proveniente da matriz a veneranda imagem da Sª. da Orada, o que envolverá a presença de algumas dezenas de fiéis e turistas - com a rua neste estado. Prosseguindo a festa nos dias 13 e 14.

Triste contraste entre o conteúdo do Boletim que a maioria instalada no Município há dezenas de anos habitualmente  publica a marcar o arranque da campanha eleitoral para as autarquias - e a realidade patente aos olhos de todos e que é, no mínimo, revoltante!

Poemas de João de Deus

Careca

Sobrenome verdadeiro,
O de António Callado,
Porque ninguém mais matreiro,
Mais sonso, mais disfarçado!
Namorou um ano inteiro
A prima do Alcobia,
Sempre tão bem penteado,
Que me afirmou ela um dia:
-“Não tem na cabeça um pêlo,
E nem pela fantasia
Me passou que tal cabelo
Fosse cabelo postiço!”
Afinal passa o derriço,
Chega a noite do noivado,
E naquele rebuliço
Despejou-se-lhe o tapiço
E adormeceu de cansaço.
Ela, que acordou primeiro,
Apalpa-o pelo toutiço,
Acha pelado... roliço...
E diz-lhe assim de mansinho,
Abanando o companheiro:
- Ó Antoninho! Antoninho!
Pois que maneiras são essas?
Olha que estás às avessas...
Tens o cu no travesseiro!

Desidério e Rolo confrontam-se

                                                                                                                                            ALBUFEIRA SEMPRE (arquivo)

ZÉ D'ALBUFEIRA

A 13 meses de distância, as autárquicas 2021, em Albufeira, aquecem em lume brando.

A nova realidade nascida do anúncio da candidatura independente de Desidério Silva, entretanto desvinculado do partido, acaba por baralhar as coisas prenunciando uma disputa a 3 em vez da habitual dicotomia PS-PSD.

De acordo com fonte próxima do PSD local, o surgimento de um candidato de peso a disputar o seu eleitorado com o candidato oficial obriga a uma resposta de peso - e essa é o atual presidente da Câmara, José Carlos Rolo.

O que, a acontecer, e eu prevejo que sim, irá dividir as hostes que tradicionalmente suportam as vitórias social-democratas no concelho. [É com naturais reservas que utilizo esta terminologia, visto o PSD pouco ter hoje de social-democracia, sendo antes uma associação de liberais e gente com orientação política de direita - o que, aliás, não deixa de ser legítimo.]

Quem pode beneficiar dessa divisão é o Partido Socialista, caso apresente um candidato credível, com dinâmica de vitória e peso político evidente - de preferência um estratega com conhecimento profundo dos meandros da política e do sentir dos albufeirenses - senão vejamos o que aconteceu no último acto eleitoral, em que a falta de visão estratégica dos candidatos e do seu staff levou o PS a mais uma derrota, evitável se tivessem tido olhinhos e sabido agir no terreno,  negociando com o Viva, depois do chumbo do Supremo, uma transferência de votos que lhes teria garantido seguramente uma vitória eleitoral de que resultaria uma inversão da actual disposição de forças no executivo municipal.

Outro aliciante que o próximo acto eleitoral apresenta, e apresentaria igualmente numa disputa a dois, é podermos aquilatar do comportamento de JC Rolo em eleições para presidente da Câmara, visto que nunca antes se submeteu a sufrágio para o lugar que ocupa, tendo por duas vezes ascendido ao cargo sem ser eleito diretamente, antes por afastamento dos seus titulares, um para desempenhar funções de âmbito regional, outro por morte. 

Continua nos próximos episódios.

Poemas de João de Deus

Falta de civismo vem de férias

                                                                                                                                                                              Sérgio Santos

ZÉ D'ALBUFEIRA

Se dúvidas houvesse de que hoje começa Agosto... - a presente foto mostra à evidência o início do oitavo mês do calendário gregoriano. 

Começa o martírio dos albufeirenses em consequência da falta de civismo e das atitudes negligentes e socialmente condenáveis de muitos dos que nos visitam em gozo de férias, sejam eles nacionais ou estrangeiros.

Como se não bastasse a estrada reduzida a uma só via e o passeio do lado sul temporariamente suprimido, em consequência das obras em curso (junto ao INATEL), ainda estes iluminados colocam os carros sobre o passeio, obrigando os peões a pisar a faixa de rodagem, com todo o perigo inerente para a sua integridade física.

Situação tão mais pertinente quando se trata de pessoas conduzindo carrinhos de bébé ou de diminuídos físicos.

Por onde anda a GNR?