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Albufeira Sempre

Diário sobre Albufeira.

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Autárquicas'09 - XIX

albufeiradiario, 30.08.09

SEM ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO PARA O CONCELHO

ZÉ D'ALBUFEIRA                             

Conhecidos os candidatos às autarquias do nosso concelho, pouco ou nada se sabe verdadeiramente quanto aos respectivos programas políticos. Apenas umas idéias aqui e acolá, descontextualizadas, quiçá nebulosas, lançadas para o ar sem qualquer sentido estratégico. Falo de todos, não apenas de alguns.

 

AUSÊNCIA DE ESTRATÉGIAS

É confrangedora a ausência de estratégias convenientemente explícitas por parte de quantos se propõem conduzir os destinos da nossa terra nos próximos quatro anos. Já nem refiro estratégias de longo prazo, que essas sempre andaram arredias da nossa administração autárquica. Mas, tendo no mínimo por horizonte o período de um mandato.

Nem é possível haver estratégias traçadas se nem objectivos concretos alguém se propõe fixar. Neste particular, é pungente constatar a leveza com que as várias candidaturas intentam atingir o poder pelo poder, sem apresentar uma linha condutora da acção futura. O que vemos são algumas ténues declarações de intenções que não chegam sequer a esboços de programas consistentes e criteriosamente estruturados.

Afinal, nenhuma das (pesadas) máquinas partidárias, bem recheadas de técnicos altamente especializados e gabinetes de estudo, foi capaz de dar a mão aos seus correlegionários de Albufeira no sentido de fixarem objectivos claros quanto ao crescimento ordenado deste bocado de território e deste punhado de gente entregue aos interesses de patos-bravos sem escrúpulos que querem é sacar o máximo sem cuidar da qualidade de vida das populações.  

 

NEM SEMPRE OS MELHORES

Afinal, o que é que o Zé vai votar em Outubro? Pessoas, só pessoas - nada mais!

E ainda assim algumas muito mal escolhidas. De facto, nenhuma das forças partidárias apresenta os seus melhores. Nota-se que muitos foram seleccionados não pelo respectivo currículo, não pelas reais aptidões, apenas pelo grau de seguidismo patenteado em relação aos chefes do momento. Erros de casting, como sói dizer-se. Que poderão sair bem caros.

Acresce que uma força política, que surge como "barriga de aluguer", se sente no direito de nos impingir um páraquedista - que nunca viveu, não vive e nem pensa viver em Albufeira - que se apresenta apenas por revanchismo para um ajuste de contas com outro candidato. Não está em causa o reconhecimento do valor das listas apoiadas por este partido para as Juntas de Freguesia, compostas aliás por cidadãos de indiscutível mérito e sincero desejo de servir.

 

AO SABOR DO VENTO

Nesta perspectiva, fácil será concluir que, salvo honrosas excepções, os homens e mulheres que elegermos para gerir os nossos destinos localmente não serão no desempenho das suas funções particularmente pró-activos, não saberão andar à frente dos acontecimentos. Bem pelo contrário, agirão por reacção com medidas apressadas, não devidamente ponderadas, consoante as circunstâncias e de acordo com o imediatismo e urgência das soluções a encontrar para os problemas que se lhes depararem. Será o que se chama "navegar ao sabor do vento". O que é mau.

A menos que, até ao início da campanha eleitoral, os concorrentes estruturem adequadamente as suas propostas programáticas com vista à concretização de objectivos rigorosos, esperam-nos quatro anos que serão cada vez mais do mesmo em matéria de planeamento e realização. E em que as assimetrias se acentuarão e o crescimento harmonioso não passará de uma quimera.

 

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