Sem preocupações estéticas
SINALÉTICA DISSONANTE
DESVALORIZA ROTUNDAS
ZÉ D'ALBUFEIRA
d.r.
Obras d'arte foram as primeiras rotundas, embelezadas sugestivamente após concurso publico de ideias promovido pelo falecido Arsénio: esfera armilar, minhocas, relógios e golfinhos. Hoje constituem sem sombra de dúvida motivos incontornáveis (evidentemente, contornáveis pelos carros) a caracterizar de modo muito particular a nossa cidade.
As que foram surgindo depois, multiplicando-se como cogumelos, não passaram (não passam) de meros recursos de ordenamento do trânsito. Numa ou noutra tem a Câmara pretendido, através de intervenções simplórias, dar um ar da sua graça. Sem, contudo, alcançar, nem de perto nem de longe, a áurea das quatro primícias. Ainda por cima maculando logo a seguir a edilidade o visual criado, através da colocação desmedida de sinalética sem quaisquer preocupações estéticas. Alguma completamente desnecessária. Ou mal postada em termos de altura do solo e distância do motivo.
Atente-se no exemplo que a foto documenta: o carro de besta foi escolhido a propósito, visto tratar-se de um motivo com enorme peso no imaginário de quantos nasceram e viveram em Vale de Parra no tempo em que a agricultura (e a vitivinicultura!) era a actividade económica predominante. Mas não haverá por ali sinais a mais? Ou no mínimo mal colocados?
* foto ALBUFEIRAsempre