Porto de pesca
POLÉMICA ENVOLVE
UTILIZAÇÃO DE ESTRUTURAS
ZÉ D'ALBUFEIRA d.r.
Mantém-se em lume brando a polémica que envolve a administração do porto de pesca e os proprietários de embarcações, quanto à utilização das instalações portuárias para recolha dos apetrechos.
Os homens do mar entendem que as regras que lhes têm vindo a ser impostas não são consentâneas com a realidade por que passa a actividade da pesca artesanal, a braços com uma crise que se vem agudizando nos últimos anos e que não tem nada a ver com a crise em que se está a afundar o País. O problema é estrutural e prende-se com a necessidade de apoios para a modernização das artes, uma gestão dos recursos marinhos que vá de encontro às necessidades económicas do sector e o regime de comercialização, que engorda os intermediários em detrimento dos produtores, os próprios pescadores.
De acordo com um dos utentes do porto de pesca, as condições para utilização "das casinhas" são insuportáveis "para a maioria dos pescadores, que preferem a manutenção dos contentores".
Por seu turno, o edifício da lota ainda não está a ser utilizado, volvidos que são quase dois anos sobre a sua conclusão. Esta estrutura apresenta desajustamentos em relação ao imperativo da lei que regula a matéria.
Isto para já não falar na reconhecida azelhice que foi a orientação dada aos molhes. Sempre que há levante, os barcos têm de recolher à marina, para evitar estragos causados pela ondulação, havendo já acidentes a lamentar.
*foto ALBUFEIRAsempre