Quem não se sente...
PARÓQUIA DE ALBUFEIRA
IGNORADA PELO JORNAL DA DIOCESE
ZÉ D'ALBUFEIRA d.r.
Um comentador do nosso blog, devidamente identificado mas que deseja manter o anonimato, inseriu o comentário que se segue na caixa de comentários do post de 7 de Agosto que anunciou os festejos de Nossa Senhora da Orada. Dada a pertinência do tema e o seu manifesto interesse para Albufeira e os albufeirenses, bem assim para o universo dos católicos do Algarve, resolvemos publicá-lo com o merecido destaque.
Que saudades da Folha do Domingo, pobrezinha, dos tempos dos saudosos padres Patrício e Clementino! Sem os meios técnicos e humanos e financeiros de que hoje dispõe o jornal da Diocese - longe disso - todas as semanas dava notícia das actividades de cada paróquia, da vida social, política, económica e desportiva do Algarve, havendo até lugar para os Pardais do Jardim que tinham o condão de ouvir e comentar quanto se passava na capital algarvia. Sem profissionais, somente com carolas imbuídos de um desejo único de missão: servir através da Imprensa a Igreja e a Província do Algarve.
Hoje, a Diocese tem um órgão que é a Voz do Dono (leia-se Bispo), fielmente interpretada por um profissional altamente especializado na selecção de factos por critérios que só ele e o chefe conhecem. E que deixa de lado acontecimentos importantes da vida das comunidades cristãs locais - que, aliás, a alimentam (os alimentam) financeiramente através dos ofertórios das missas!
O pároco de Albufeira, goste-se ou não dele, completou 50 anos de vida apostólica, comemorados no âmbito das tradicionais (e importantes) festividades em honra de Nossa Senhora da Orada, com a presença do Presidente da República e sob a bênção especial, enviada directamente de Roma (não é daquelas que se compram numa qualquer loja de artigos religiosos!), de Sua Santidade o Papa Bento XVI. Pois a Folha do Domingo, que mantém um site com actualizações (quase) diárias, até hoje, não colocou uma única linha sobre o acontecimento. Nem sequer aproveitou uma entrevista dada pelo cónego Rosa ao site dos acólitos de Albufeira e que lhe foi oportunamente enviada por email, entrevista que é um importante documento sobre o último meio século da vida da Igreja e da sociedade local. Outros - laicos - a transcreveram.
Esta atitude vem, aliás, na sequência de um quase completo alheamento do que se passa na paróquia de Albufeira. Que me lembre, a vez em que esta mereceu referência de relevo foi a propósito da visita pastoral do actual prelado. Até a visita da Imagem Peregrina de Nª. Sª. de Fátima passou quase ignorada, em comparação com outras paróquias onde as manifestações de devoção mariana não atingiram idêntico brilho.
Padre Rosa: eu sei que o senhor não espera ser compensado minimamente neste mundo pelos seus pares. A compensação pela sua consagração total ao serviço de Deus e dos homens virá do Alto! É essa a nossa fé.
*foto CMA
**o título e os sublinhados são da responsabilidade do blog