Em Portugal
Poder tentacular mina
as instituições
ZÉ D'ALBUFEIRA
d.r.
Minha coluna de opinião "Antes do mais" no «barlavento» desta quinta-feira:
Traficância
É um dossier demasiado complexo o do conluio entre as secretas (inteligência e maçonaria) para interferir, ilicitamente, no poder democrático em Portugal.
Não obstante, algumas ilações podem (devem) ser retiradas, graças ao excelente trabalho de investigação jornalística do Expresso que, no mínimo, teve o condão de trazer à luz do dia aquilo que alguns, atabalhoadamente, pretenderam manter no maior dos secretismos.
O mais recente e triste episódio da tentativa de censura para branqueamento do inquérito parlamentar sugere que há culpas no cartório ao mais alto nível dos responsáveis partidários. E que os políticos da nossa praça não sabem lidar com a verdade e a transparência. O que reforça a ideia de que vivemos de facto conduzidos por gente sem escrúpulos capaz de traficar influências e jogar mão das mais baixas manobras de bastidores, com o fim único de condicionar o poder e a ação dos seus agentes, levando-os a servir inconfessáveis interesses instalados com manifesto prejuízo do bem público.
Só assim se compreende que o país tenha chegado ao estado de degradação a que chegou e que obstaculiza sistematicamente as mais legítimas aspirações populares.
Tudo isto representa um perturbador sinal de que o abismo está próximo e de que pode ser irreversível a marcha na sua direção. Salvo se, enquanto é tempo, nos conseguirmos libertar do jugo opressor destes jagunços.
[Quedo-me por aqui por razões de autodefesa, não vá algum órgão superior judicial, que faz por ignorar as ilegalidades das secretas, processar-me por suposto apelo à insurreição…]
Ser maçon
Diz António Arnaut, antigo grão-mestre da maçonaria, que os maçons devem assumir-se por vontade própria, pois ser maçon é uma honra. Mas isso é entre homens de valores como Arnaut, não é com estes biltres.
*Imagem blog Kafe Kultura