A redação do Joãozinho (*)
Escutas: sede dada, sede tirada
Férias da Páscoa, época propícia para balanço do segundo período escolar. Não tenho razão de queixa, sou aluno do meio da tabela - mas às vezes apanho por tabela com a impreparação, quase dizia iliteracia, dos meus professores. A falar Português, então, são um desastre! Pior que o Mourinho ("provaram-se que as coisas eram claras"). Ainda há dias um dizia que tem "visto e ouvisto" e outro afirmava que "hádem-me fazer"...
Mas. adiante.
Para complemento da minha educação, numa vertente humanista e cristã e bem mais realista e prática que o ensino do Estado (aprender fazendo, a máxima de Baden Powel seguida em todo o mundo) os meus pais pretendem meter-me nos Escutas. Inscreveram-me há uma porção de meses no CNE- Corpo Nacional de Escutas, Agrupamento 714 de Albufeira, mas tardo em ser admitido. Não por nabice minha ou porque os meus pais não sejam pessoas credíveis e plenamente aceites pela sociedade. O problema é que os Escutas estão (muito mal) instalados numa sede, um pequeno apartamento, cedido pela Câmara Municipal atrás da GNR, sem condições para o fim a que se destina e a rebentar pelas costuras. E o Desidério, quando era presidente da Câmara, destinou ao CNE 100 mil euros das contrapartidas da construção do Aldi no terreno do Correia Maria no Cerro Malpique, para edificação de uma nova sede com condições para admitir mais escutas, no terreno da Igreja junto ao Montechoro. Só que esse dinheiro nunca mais chega e... nem se sabe se algum dia chegará! Dizem as más línguas que foi alegadamente desviado para o Imortal Basket. Não sei se é verdade ou não. O que sei é que tenho ouvisto muito falar nisso ultimamente.
Para já, fico-me por aqui. Os que souberem alguma coisa sobre isto, hádem-me dizer, está bem?
*estagiário de escrevinhador, após curso intensivo de Português