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Albufeira Sempre

Diário sobre Albufeira.

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Ex-libris de Albufeira

albufeiradiario, 18.12.06

O RELÓGIO DA TORRE

                                   ZÉ D'ALBUFEIRA                

Já regulava a vida dos albufeirenses quando aqui nasci. É parte de mim próprio desde que vim ao mundo, tal como os genes que os meus pais me transmitiram.

O relógio da torre.

De alguma maneira ele intervém todos os dias na vida de quantos aqui labutam. Marca-lhes o ritmo, quicá  sem disso se aperceberem. É imperioso (fisicamente) e impõe-lhes a sua cadência com autoridade. De tal modo que quando se cala, ou é calado, por largos períodos muitos lhe acham a falta.

Tem presença cativa no ego de cada um de nós.

Sem o relógio da torre Albufeira não seria certamente a mesma. A vida das nossas gentes teria sido porventura diferente.   Movendo-se a um ritmo distinto. Não sujeito ao martelar das badaladas que ele canta a cada meia-hora.

Nunca teríamos visto o sr. Pereira a atravessar a rua desde o Café da Júlia para abrir as portas da Central à primeira badalada.

Plantaram na parte nova da cidade dois relógios de cores garridas, bem mais modernos e vistosos. Mas sem a atracção que sobre nós exerce o velho relógio da torre. Ou, como queiram,  a velha torre do relógio, sobranceira, esbelta e romântica na (que foi a) subida do castelo.