A propósito das férias natalícias
POR UM NATAL DE VALORES
ZÉ D'ALBUFEIRA ![]()
Nos meus tempos de puto, este era um dia desejado: marcava o fim das aulas do primeiro período e o início das tão almejadas férias do Natal. Para, sem a pressão da escola e a ditadura dos horários, armar o Presépio em família. Mas o dia que verdadeiramente mais ansiávamos por ver chegar era o próprio 25 de Dezembro, no qual, madrugada ainda, depois de uma noite de expectativa sem sono, nos abeirávamos da chaminé onde depositáramos o sapatinho e abríamos as prendas "deixadas pelo Menino Jesus".
Hoje, viva a modernidade!, já não é assim. As prendas dá-as o Pai Natal e abrem-se logo na véspera sem a ternura (e sem o amor?) que envolvia os ambientes familiares de então.
Enfim, mudam-se os tempos, mudam-se as vontades - diz o poeta. Os valores de agora são outros bem distintos dos de antigamente.
E eu certamente estou a ficar velho e (quem sabe?) reaccionário...
Mas não calo os meus sentimentos. Rendo-me às modernices da informática (senão não faria este blog) e a todas as descobertas da ciência e do pensamento que visam melhorar-nos a qualidade de vida. Recuso, porém, render-me aos novos ventos ditos progressistas que parece terem como fim único o fim dos valores que me passaram os meus pais. Esses eu defendo intransigentemente.