CICLISMO E FÉ

ZÉ D'ALBUFEIRA                           d.r.

A chuva ameaça acompanhar os cerca de 300 participantes na 8ª cicloperegrinação anual Algarve-Fátima, que amanhã arranca com destino ao altar do mundo, numa organização da Associação de Ciclismo do Algarve que conta com o patrocínio da Câmara de Albufeira.

Os ciclistas cumprirão 424 km em quatro dias para participarem nas celebrações religiosas de 12/13 de Outubro na Cova da Iria.

Concentração às 10h00 frente aos Paços do Município.

*foto canção nova

ÉPOCA BALNEAR 2010

DENOTA FRAGILIDADES

ZÉ D'ALBUFEIRA                           d.r.

A época balnear prestes a finar-se ficou este ano marcada por um constante estado de desorientação que nada abona a favor das entidades tutelares do litoral algarvio.

Desde logo, pela confusão instalada na fase de arranque, em resultado dos novos concursos para atribuição das concessões. Em Albufeira, os primeiros veraneantes depararam-se com praias privadas de serviços de apoio e rigorosamente semvigilância, por manifesta indefinição de quem iria ocupar algumas unidades balneares.  Ainda há em tribunal situações por resolver.

Depois, houve todo um conjunto de mal-entendidos que aconteceram ao longo do Verão e que, em alguns casos, azedaram as relações entre concessionários vizinhos e entre estes e as autoridades. Com os banhistas a queixarem-se de se sentirem cada vez mais condicionados na escolha e ocupação de lugares de permanência nos areais. Isto, também em função da aplicação da lei que impede a utilização de espaços junto às arribas.

A venda ambulante foi outro segmento em que foi visível alguma perturbação, com pessoas não devidamente habilitadas a concorrerem com agentes legalizados.

Por último, a falta de policiamento de proximidade foi uma constante ao longo de toda a época. Conotada com esta realidade, surge a dúvida vivida pelos utentes - e até por alguns concessionários - sobre quem é quem em termos de forças da ordem com jurisdição nas praias.

*foto ALBUFEIRAsempre

PROJECTORES VANDALIZADOS

ZÉ D'ALBUFEIRA                           d.r.

Há cidadãos que não merecem minimamente aquilo que se faz por eles. Nem tanto no plano pessoal. Mas, sobretudo, em termos de valorização dos equipamentos colectivos, melhoria das condições da urbe em que vivem, ou que visitam, embelezamento de espaços públicos e monumentos, recantos de interesse histórico, arquitectónico ou natural e da preservação da natureza.

O histórico túnel que liga a Rua Direita à praia, mandado perfurar no século passado pela Comissão Municipal de Iniciativa, sob a égide do ministro das Obras Públicas (algarvio) engº. Duarte Pacheco, para além de representar ao longo dos anos um precioso e muito útil meio de acesso à praia, constitui sem sombra de dúvida um ex-líbris da cidade de Albufeira.

Depois de melhorado substancialmente nos anos sessenta pelas autoridades municipais de então, a autarquia introduziu-lhe nos últimos anos algumas benfeitorias em matéria de iluminação que muito o beneficiaram aos olhos de todos.

Pois, recentemente, apareceram vandalizados alguns dos projectores colocados no pavimento - o que só foi possível por mão criminosa, que utilizou objecto tipo marreta, ou enorme cubo de calçada, para conseguir os seus intentos.

Cidadãos que levam a cabo acções desta natureza, destruindo o património que é de todos, não merecem a consideração dos demais. Para além da manifesta falta de civismo, patenteiam condenáveis instintos criminosos a requerer censura social e penal adequada. Pena que não se saiba quem são os energúmenos.

*foto ALBUFEIRAsempre

MUITOS NÃO RECORREM

A SERVIÇOS GRATUITOS

ZÉ D'ALBUFEIRA                           d.r.

A Câmara oferece (é isso: presta gratuitamente) há muitos anos um serviço de recolha domiciliária de resíduos sólidos provenientes de limpezas de jardins, mobílias, cacos velhos e outros objectos que têm por destino a destruição ou reciclagem e não é desejável que sejam depositados na via pública. O munícipe telefona à autarquia e esta agenda a deslocação a casa do requerente de uma viatura apropriada com uma equipa de cantoneiros de limpeza. Tão simples quanto isto.

Pois, mesmo assim, o comodismo e a falta de civismo de uns tantos impele-os a colocar esses resíduos junto dos contentores, oferecendo o espectáculo que a foto documenta, durante vários dias, mesmo em locais muito frequentados e onde exercem diariamente varredores e camiões de recolha de contentores da Ecoambiente e passam funcionários camarários com diversos níveis de responsabilidade.

Depois, acontece - como ontem - mandarem para os blogs uns comentários anónimos contra o presidente da Câmara por este ter afirmado em entrevista ao Jornal do Algarve que " a limpeza também passou a ser uma das imagens de marca do município".

As imagens de marca fazemos nós todos, políticos, técnicos, empresários e cidadãos comuns, agindo cada um de acordo com os reais interesses da comunidade.

*foto ALBUFEIRAsempre

BARATAS INVADEM CIDADE-VELHA

ZÉ D'ALBUFEIRA*                        

Legiões de baratas tomaram de assalto os subterrâneos de Albufeira, provavelmente em busca de férias de verão.

De tal modo que, particularmente no centro antigo, onde parte dos esgotos terá mais de um século, muitas são as casas visitadas por inúmeros exemplares destes repelentes insectos destruidores, obviamente provenientes dos esgotos públicos. Para descontentamento dos respectivos habitantes. Os quais, por manifesta falta de meios para combater esta praga, se têm dirigido à Câmara Municipal em busca de medidas adequadas por parte da autarquia.

Face à inoperância dos serviços, já houve quem contactasse pessoalmente membros do executivo. Sem que, porém, até ao momento e que se notem, tenham sido desencadeadas quaisquer operações de desbaratização.

Lembro-me de ter visto, em anos anteriores, dois funcionários de uma empresa supostamente especializada, por certo à conta do Município, abrirem sucessivas caixas de esgotos em algumas artérias da nossa cidade, nelas injectando o que na altura pensei tratar-se de produto desinfestante com vista à prevenção e/ou exterminação de pragas.

Face à realidade actual, descrita por moradores da baixa, é caso para perguntar se essa acção terá sido eficaz. E se os seus custos terão tido retorno aceitável.

* com Zé da Galé

As árvores morrem de pé.

(As casas também?)

aaa

RESTAURO EXEMPLAR

ZÉ D'ALBUFEIRA                          d.r.

Felizmente, ainda há pessoas para quem o dinheiro não é tudo. E que não vendem por nada deste mundo a memória dos antepassados. Nem atropelam, pela ganância, toda a história urbana e monumental de um povo.

A casa onde viveu e de que era proprietário o saudoso Zé Cachola, na Rua Alves Correia, que ilustra a arquitectura de uma época marcante da Albufeira do século passado, foi submetida, recentemente, a obras de restauro. O resultado foi o que a foto documenta: substancialmente melhorada com materiais modernos, mantém milimetricamente a traça original!

Se idêntica atitude tivessem tido outras famílias (e alguns patos-bravos que aqui arribaram com cifrões na retina), a baixa de Albufeira não estaria certamente tão gravemente prostituída, como lamentavelmente a vemos hoje.