Dia do trabalhador
1º de maio
ZÉ D'ALBUFEIRA
Não alinho no coro dos que contestam as grandes superfícies por laborarem no feriado do 1º de maio.
Também a hotelaria, o comércio local, os transportes, os hospitais, as forças de segurança, os bombeiros e tantos, tantos outros setores do mundo laboral o fazem normalmente.
Quando entraram ao serviço desses ramos de atividade, os trabalhadores já conheciam as regras do jogo a que iam submeter-se e a regulação que existe sobre a matéria.
O problema não reside aqui.
O problema é que o Estado, particularmente os últimos (e o presente) governos, não tem acautelado a defesa das conquistas de abril favoráveis aos trabalhadores, nem desenvolveram políticas aceitáveis, que favoreçam a criação e manutenção de emprego e a estabilidade social.
Não queiramos, agora, ver fantasmas onde eles não existem.
É aos políticos que têm assumido as rédeas do poder nos últimos anos, e só a eles, que cabe a responsabilidades da situação a que chegámos de o patronato ter recuperado a quase totalidade dos privilégios do Estado Novo, mais de quarenta anos volvidos sobre a sua queda às mãos da Revolução.
O que é preciso é não vergar a espinha ao poder dos patrões, lutar nos locais de trabalho pela legalidade e pela defesa dos direitos e dignidade dos trabalhadores.
E vir para a rua (os que não trabalham e as suas organizações de classe) neste feriado do 1º de maio - DIA DO TRABALHADOR - e, em uníssono, reivindicar a restauração dos direitos alienados e a implementação de políticas que conduzam ao pleno emprego e à satisfação das mais elementares carências das famílias portuguesas.
VIVA O 1º DE MAIO.
EM FRENTE, TRABALHADORES!