Num 'outro' tempo
A primavera da esperança
d.r.
ZÉ D'ALBUFEIRA
Entre muitas coisas que alterou em nós, a pandemia deu-nos uma diferente noção (da marcha) do tempo, enquanto somatório de instantes que compõem a vida.
Mesmo a sequência dos períodos a que se convencionou chamar dias, semanas, meses e anos - parece ter desiguais sentidos em relação ao 'antes'.
Digamos que há uma prostituição do tempo, com novas perceções assumidas intrinsecamente, pese ambora as equações matemáticas se mantenham inalteráveis.
É assim que, neste embalar coletivo em que nos deixamos acalentar, nem nos damos conta de que hoje tem início o mês que introduz a primavera.
Em anos anteriores, estaríamos a augurar bons dias para o turismo vindouro - que o mesmo é dizer para a economia da região. E também um novo período alargado de alegria e esperança nas nossas vidas em família.
Porém, tudo isto cai por água abaixo por força da pandemia, essa malvada que nos condiciona, a torto e a direito...
Sem nunca esmorecer, acreditemos que melhores dias virão!