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Albufeira Sempre

Diário sobre Albufeira.

Albufeira Sempre

Diário sobre Albufeira.

Continua bem vivo na nossa cultura

albufeiradiario, 30.11.10

FERNANDO PESSOA

MORREU HÁ 75 ANOS

ZÉ D'ALBUFEIRA                           *

Faz hoje 75 anos que morreu o insigne poeta e escritor Fernando Pessoa (13/06/1888-30/11/1935), um dos maiores vultos da Língua Portuguesa e da Literatura Universal e que continua bem vivo entre nós através do seu legado intelectual.

 

Mar Português

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma nao é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

                    Fernando Pessoa, in Mensagem

*quadro de Mestre Almada Negreiros

 

Para servir a todos

albufeiradiario, 25.10.10

BIBLIOTECA ABERTA

AO DOMINGO

ZÉ D'ALBUFEIRA                           d.r.

Uma biblioteca pública que se queira ao serviço efetivo dos cidadãos não pode encerrar ao domingo!

Muitos dos potenciais utentes só aos domingos e feriados têm disponibilidade de tempo para frequentar as infraestruturas de apoio à cultura popular (bibliotecas, museus, etc.), não se compreendendo que as mesmas se encontrem de portas fechadas nestes dias, barrando o acesso a uma boa parte das pessoas que as custeiam com os seus impostos. Também aos estudantes, com brutas cargas horárias, se comparadas com outros países onde o ensino é mais expedito.

A Biblioteca Municipal Lídia Jorge, que até tem tido uma ação com algum mérito na divulgação cultural, pese embora a natureza tendencialmente elitista da sua programação, pratica umhorárioinacessível a uma parte substancial dos trabalhadores por conta de outrém e pequenos empresários. Que constituem, afinal, o grosso da coluna da população local.

Os estudantes (alguns) ainda a poderão frequentar ao longo da semana, no âmbito das actividades curriculares das respetivas escolas, ou nas tardes de sábado. Agora quem trabalha das 9 às 19, tendo ainda de jogar mão às tarefas domésticas, não parece exequível.

Com algum esforço, reduzido, havendo boa vontade da parte de quem tem a seu cargo a gestão da Biblioteca, não parece difícil conciliar a abertura ao domingo com a prática de horários de trabalho desencontrados entre os funcionários abrangidos.

*foto ALBUFEIRAsempre

 

Lançado na Biblioteca Municipal

albufeiradiario, 18.12.09

SANTOS SERRA

PUBLICA NOVO LIVRO DE POESIA

ZÉ D'ALBUFEIRA                                       

Manuel dos Santos Serra apresentou hoje na Biblioteca Municipal Lídia Jorge, perante uma plateia bem recheada de amigos e admiradores, a sua mais recente obra literária: o livro de poemas a que deu o sugestivo título de "Labirinto de Memórias".

Esta é a oitava obra publicada do ilustre médico, homem de letras e político albufeirense, à beira de completar a provecta idade de 84 anos. Uma vida inteira dedicada ao serviço dos outros, particularmente no desempenho da profissão que abraçou e ainda hoje exerce em plenitude no seu consultório da Rua Direita, lado a lado com uma muito intensa intervenção social ao longo de décadas. Mas também na prática de prestigiado trabalho intelectual, contínuo e profícuo, e no exercício combativo da cidadania. É por demais conhecida a sua acção cívica em prol de grandes causas populares, em Albufeira e no Algarve.

 

Quem fala assim...

albufeiradiario, 25.10.09

 

Sob o ponto de vista literário,  [a José Saramago] não lhe auguro grande sorte: qualquer versículo do Antigo Testamento, esse "manual de maus costumes", vale a obra inteira do pobre José, embora, no contexto, a pobreza seja só de espírito.

 

                                                                                   Alberto Gonçalvesin Sábado

 

A destilar fel

albufeiradiario, 19.10.09

SARAMAGO INVESTE CONTRA A BÍBLIA

ZÉ D'ALBUFEIRA                                 Ler

O País ensandeceu. De cada vez que o Nobel (português) da Literatura diz uma baboseira, os mais 'lídimos' representantes da kultura lusa apressam-se a aplaudir cegamente com mãos ambas. E os media autoproclamados "de referência" e com tiques de elite pseudo-cultural, logo lhe dedicam grandes parangonas, em atitude de seguidismo ridículo e confrangedor.

O mais recente arroto do nosso laureado com o Prémio Nobel (instituição desacreditada por ter distinguido Obama, não por ter premiado Saramago...) a propósito da publicação do seu mais recente livro Caim, levou-o a atacar despudoradamente a Bíblia, que apelida de "manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana”, acrescentando este vómito: “A Bíblia passou mil anos, dezenas de gerações, a ser escrita, mas sempre sob a dominante de um Deus cruel, invejoso e insuportável. É uma loucura!

Vinda de quem vem, esta apreciação só pode ser entendida como um elogio. À obra que pretende atacar directamente - e aos muitos milhões de homens e mulheres que a seguem em todo o mundo. E cujos conceitos de vida e princípios sociais, morais e éticos Saramago sempre tem pretendido enxovalhar e diminuir.

Bem pode Saramago continuar a vomitar, do alto da sua cátedra, ódio sobre a civilização ocidental (no seio da qual sabe viver à grande e à francesa, melhor, à espanhola) e os sentimentos intrínsecos da esmagadora maioria dos portugueses - que isso não os afecta.

Afectadas - seriamente afectadas -  ficaram as famílias dos profissionais  que ele, Saramago, selvaticamente saneou de um jornal onde exerceu, anos atrás, um poder despótico. O povo não tem memória curta e lembra-se, certamente, da sanha persecutória do então director-adjunto do Diário de Notícias (colocado pelo PCP), corria o Verão quente de 75, afastando sectariamente (e ilegitimamente) do jornal da avenida da Liberdade tudo quanto não era vermelhusco.

 

Quem fala assim...

albufeiradiario, 17.10.09

 

As bibliotecas municipais são um equipamento muito importante e sob o ponto de vista cultural, aquele que tem passado por todos os governos e não tem quebrado.

São pólos de difusão transversal em termos estruturais, dos municípios pelo País fora, [que contribuem] para recuperar para a leitura uma população que não tinha esses hábitos.

 

                                                  Lídia Jorgena atribuição do seu nome à Biblioteca M. de Albufeira

 

...

albufeiradiario, 31.01.09

 A FRASE DA SEMANA

 

"Harmonização ortográfica, pasteurização da língua, desacordo ortográfico, golpe de estado linguístico, acordo em desacordo. São formas irónicas de designar o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa".

                                                         Renato Mendes in Diário de Notícias

 

Edição de autor

albufeiradiario, 11.09.08
OBRA DE VÍTOR DE SOUSA NARRA ALBUFEIRA DO SÉCULO PASSADO

"TEMPOS QUE PASSAM,

RECORDAÇÕES QUE FICAM"   

        ZÉ D'ALBUFEIRA                          

Foi com um misto de alegria e satisfação que soube da publicação do livro do Vítor de Sousa.

Não fiquei surpreendido pela qualidade da obra, pois outra coisa não era de esperar da pena e da objectiva deste cidadão dos sete ofícios, jornalista exímio e devotado fotógrafo amador, de rara sensibilidade, dos anos sessenta/setenta.

O desencanto, porém, abateu-se sobre mim quando constatei que "Tempos Que Passam, Recordações que Ficam" saíu à luz do dia com o patrocínio de uma entidade exterior a Albufeira, a cidade cujo passado fecundo ele tão bem ilustra. Na prosa e na imagem. Mas, sobretudo, no espírito de salvaguarda da memória colectiva do nosso povo.

Vitor de Sousa é um velho conhecido dos albufeirenses. Muito fez no Diário de Lisboa pela divulgação da "vila branca em mar azul" do poeta Ramiro Guedes de Campos, a "Saint Tropez de Portugal" venerada e visitada pelas grandes estrelas do firmamento internacional quando o Algarve despertou para o turismo.

Não percebo, não consigo compreender, como a Câmara Municipal não soube aproveitar esta oportunidade soberana de se comprometer com a História recente de Albufeira e das suas gentes.

Fiquei deveras confuso quando, na sessão de apresentação realizada na Biblioteca Municipal, a que tive o privilégio de assistir, o líder do Município afirmou aos circunstantes que o Vítor de Sousa, quando quisesse, no futuro, poderia contar com o apoio da Câmara.

Por quê no futuro e não agora?

Haviam-me chegado rumores, após a exposição de fotografias que assinalável êxito obteve no ano passado, de que o autor estaria em conversações com o pelouro da Cultura para eventual patrocínio do livro... E, afinal, a afirmação do edil, ao soltar a idéia de que não conhecia as referidas conversações, deixam claramente entender que há efectivas deficiências de comunicação no seio do executivo.

Por que não editou a edilidade ela própria o livro, incluindo-o no acervo histórico que é sua obrigação preservar?

Penso que a Câmara de Albufeira continua a oferecer melhor tratamento aos "artistas" vindos de fora para sacar umas massas nos nossos palcos e nas nossas galerias, do que àqueles que aqui se sacrificaram e sacrificam em prol do colectivo local, neste caso particular, da cultura e da memória que é parte inseparável da nossa essência de cidadãos de Albufeira.

Dir-me-ão que o Município adquiriu ao autor uma centena de exemplares da obra editada. O que por si constitui já uma ajuda. Mas é muito pouco. Porque a obra de Vitor de Sousa não é "sua". Pertence ao domínio da propriedade intelectual gregária dos albufeirenses!

 

Manuais escolares

albufeiradiario, 01.09.08

NOVO AGRAVAMENTO DE PREÇOS

ZÉ D'ALBUFEIRA                       Livros

O tal primeiro-ministro que aposta "na formação e qualificação dos portugueses" deixou, mais um ano, aumentar os preços dos livros escolares. Desta feita, na ordem dos 5,5%, o que constitui o maior agravamento dos últimos anos. E suplanta descaradamente a inflacção anunciada. Donde se infere que não passa de mero marketing político toda a propaganda à volta dos computadores para os alunos do Ensino nacional. E consubstancia um ataque despropositado às famílias de fracos recursos, que são, nem mais nem menos, a esmagadora maioria das famílias portuguesas.

 

Iniciativa da UNESCO

albufeiradiario, 23.04.08

 

Eis um Dia Mundial que eu aplaudo com ambas as mãos.

Compre livros. Ofereça livros. Leia livros. Viva mais, por isso!

 

                                                                               ZÉ D'ALBUFEIRA