Pior, ano após ano
TURISMO AGONIZANTE
ZÉ D'ALBUFEIRA
d.r.
O nosso turismo da actualidade vive de feriados, pontes e fins-de-semana prolongados.
Como se não bastasse a progressiva e acentuada degradação dos últmos anos, por força da (má) acção dos homens e das instituições, tem agora também a arruiná-lo uma dupla crise factual. A crise económica internacional, que ninguém desmente nem parece saber controlar. E a (multi)crise interna, da economia à liderança política, passando pelos valores e pelos grandes desígnios nacionais. Cada vez menos, Portugal tem no poder políticos à altura das graves circunstâncias que atravessa. Aprendizes de feiticeiro, impreparados, resumem basicamente a sua acção quotidiana a uma deslustrada (e desastrosa) imitação da orquestra do Titanic. A tal que continuava a tocar alegremente enquanto o navio se afundava. E, claro, acabou por submergir com ele.
Longe, muito longe, vão os tempos em que, com a vinda dos primeiros franceses, o mês de Abril inaugurava um período áureo, altamente produtivo em termos de exploração turístico-hoteleira, que se estendia até finais de Setembro. Às vezes, para além dele.
Agora, é o que se vê. Melhor, não vê.
foto ALBUFEIRAsempre